O Cemitério dos Prazeres é um autêntico museu ao ar livre (artigo com galeria de fotos)
Um cemitério não é o primeiro local no qual pensamos se o tema for arte, história ou arquitectura, no entanto, existem pelo nosso país cemitérios riquíssimos sob o ponto de vista histórico- arquitectónico. A Associação dos Cemitérios Monumentais da Europa considera que os cemitérios portugueses são dos mais ricos em arte romântica.
Em Lisboa, o Cemitério dos Prazeres é um dos mais belos exemplos existentes em Portugal. O trabalho fotográfico é da autoria de Américo Simas, que através da objectiva da sua câmera, nos brinda com algumas fantásticas imagens da arte que por lá podemos encontrar.
Este sepulcrário é um autêntico museu ao ar livre, para além de toda a beleza arquitetónica que possui, é o local onde repousam grandes personalidades da história de Portugal. O Cemitério dos Prazeres data de 1833, em pleno período romântico, a sua construção teve origem por via de uma epidemia de cólera que assolou a capital naquele ano.
Edificado na zona ocidental de Lisboa, perto dos bairros aristocratas lisbonenses, levou a que o Cemitério dos Prazeres se tornasse um espaço elitista. Os jazigos por lá presentes possuem arte tanto de autores anónimos assim como de arquitetos de renome. Podemos observar esculturas verdadeiramente fantásticas ao visitar o local.
O Cemitério dos Prazeres possui o maior mausoléu privado da Europa, pertencente aos Duques de Palmela. Na Capela dos Prazeres encontramos uma antiga sala de autopsias, este sepulcrário reclama ainda a maior concentração de ciprestes na Península Ibérica.
O cemitério passou para a administração municipal em 1840. A Camara Municipal de Lisboa, através da Divisão de Gestão Cemiterial, reconhece a importância deste espaço e contribui para a preservação deste património assim como para a sua divulgação.