A fortaleza de taipa, Castelo de Alcácer do Sal
A colina de onde se ergue o Castelo de Alcácer do Sal já era habitada na Idade do Ferro. Esta localidade foi outrora um importante município Romano e posteriormente, palco de inúmeras lutas entre cristãos e muçulmanos.
O castelo é de origem muçulmana, no entanto, a estrutura que actualmente existe data do século XII e é um dos poucos exemplares arquitetónicos em taipa a resistir à passagem do tempo até aos dias de hoje. A construção apresenta-se em planta irregular e possui duas linhas de muralhas, dotadas de torres quadradas a espaços regulares.
Historicamente, Alcácer do Sal foi um dos principais bastiões da luta entre os muçulmanos e cristãos D. Afonso Henriques conquistou esta fortaleza em 1158 com o apoio dos cavaleiros da Ordem de Santiago. Apenas trinta anos depois, durante a invasão do califa Almançor, o castelo volta à posse dos Mouros, até ser reconquistado pela coroa portuguesa em 1217, sob a égide de D.Afonso II.
O feito da reconquista de Alcácer do Sal teve eco por toda a Europa, era um sinal de que a luta contra os mouros estava no bom caminho e foi considerado o mais importante acontecimento do reinado de D.Afonso II. O castelo manteve-se até ao Século XV como um dos mais importantes centros militares da linha defensiva portuguesa.
As Freiras Clarissas ocuparam o edifício durante cerca de 300 anos, até este ter ficado ao abandono devido à extinção das ordens religiosas, ocorrida em 1834. A recuperação do castelo, que actualmente se encontra classificado como Monumento Nacional, iniciou na década de 90 do século XX, tendo terminado em 2008.
As suas muralhas albergam hoje a Pousada D. Afonso II, a Cripta Arqueológica, a Igreja de Santa Maria do Castelo e a estação arqueológica do Fórum Romano e da área residencial. Existem assim inúmeras razões para uma visita ao Castelo de Alcácer do Sal, que foi uma das mais importantes fortificações da história de Portugal.