Castelo de Moura
As muralhas e torres que actualmente subsistem da fortaleza de Moura dominam a paisagem da povoação, lembrando a todos que ali se encontram, que lhe devem a presença humana no local. O castelo de Moura assistiu a muitas histórias e esteve presente no decorrer de inúmeros conflitos, sendo ainda hoje considerado um importante monumento da nossa história.
O castelo foi erguido no século XIV sobre as muralhas de uma antiga fortificação árabe, D. Manuel I era o rei à data. A construção do pano de muralha da alcáçova e da torre de menagem, ocorreu na segunda metade do século XIV, durante o reinado de D. João I. Moura detinha uma importância geoestratégica no período da Reconquista Cristã fulcral, ao ponto de ter sido nela que se construiu o primeiro convento da Ordem dos Carmelitas em Portugal e em toda a Península Ibérica.
Contudo, no século XIX, a fortaleza já não possuía nenhuma importância militar e a maior parte das estruturas defensivas são demolidas, com o objectivo de extrair salitre para o fabrico de pólvora. Uma originalidade do Castelo que se mantém até à actualidade são as duas nascentes de água que se situam no seu interior e que abastecem a fonte das Três Bicas e a fonte de Santa Comba. Estas nascentes permitiram a construção de uma unidade termal e das instalações da Água Castello (cuja unidade fabril manteve-se no espaço do castelo até ao final da década de 30).