Catarina Vieira e Pedro Ribeiro abriram as portas do projecto cultural familiar, Espaço Serra

Catarina Vieira e Pedro Ribeiro abriram as portas do projecto cultural familiar, Espaço Serra
Foto: DR

Pela primeira vez, os enólogos Catarina Vieira e Pedro Ribeiro abriram as portas do projecto cultural familiar, Espaço Serra, onde os Silence 4 deram os primeiros acordes

 

VINHOS DO VALE DA MATA RECUPERAM TRADIÇÃO FAMILIAR

 

O Serra é um projeto de mecenato do Grupo Movicortes, empresa familiar a que também pertence a Rocim. Um espaço cultural nas Cortes, uma aldeia perto de Leiria, onde acontecem eventos e residências artísticas. Foi lá que, por exemplo, os Silence 4 deram os primeiros acordes nos distantes anos 90 do século passado. Um projecto saído da visão de José Ribeiro Vieira, fundador do grupo, que sonhou criar na “Casa da Reixida” uma comunidade de criativos ligados a diferentes áreas culturais.

 

A vinha do Vale da Mata, na família há várias gerações, fica ali bem perto, nos contrafortes da Serra de Aire e Candeeiros. Um local que deu a Catarina Vieira as suas primeiras memórias do mundo dos vinhos e onde o seu avô Manuel dizia ter feito o melhor vinho da sua longa vida de agricultor. Foi por isso o avô quem deu o nome a estes vinhos, que homenageiam uma tradição familiar que filho e neta ajudaram a recuperar. “Sentimos que, finalmente, o projecto Vale da Mata atingiu a maturidade que desejávamos para que pudesse contar a sua história em plenitude, com todas as dimensões culturais, emocionais e técnicas que a envolvem”, avança Catarina Vieira, destacando que este continuará a ser, sempre, um projeto em permanente desenvolvimento, que se esgotará, apenas, no dia em que todos os sonhos da família estiverem concretizados. A produção do mel Vale da Mata, outra grande paixão do avô Manuel, será o próximo…

 

Os novos vinhos Vale da Mata apresentam sete referências: os brancos colheita 2015 (1,5l) e colheita 2023 (0,75cl), que chegam ao mercado acompanhados pelos tintos colheita 2014 (1,5l) e colheita 2023 (0,75cl). A estes juntam-se, ainda, os reservas tintos 2008 (0,75cl) e tintos 2014 e 2021, ambos engarrafados em garrafas de 1,5l.

 

HERDADE DO ROCIM

 

Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce” é a expressão poética de Fernando Pessoa que melhor pode ajudar a compreender as circunstâncias em que surgiram a ideia e a obra construída. Este é o caminho que desejamos prosseguir. Na fragilidade da nossa condição humana atrevemo-nos a pensar que, de facto, para chegarmos à realidade que é hoje a Herdade do Rocim, algum Deus nos inspirou e algum sonho nos moveu. A Herdade do Rocim é uma propriedade situada entre a Vidigueira e Cuba, no Baixo Alentejo, com cerca de 120 hectares, entre os quais 70 de vinha e 10 de olival. Praticamos uma viticultura que respeita o terroir e os princípios da sustentabilidade (certificação PSVA). Na vinha todas as operações, desde a poda de Inverno, passando pelas intervenções em verde até à vindima, são efetuadas de forma tradicional, onde a mão humana tem um papel fundamental. Na Adega, combinamos o know how da enologia moderna com formas ancestrais de vinificação, como as talhas alentejanas e a pisa a pé em lagar de pedra. Todas as fermentações são acompanhadas diariamente pelos nossos enólogos e cada vinho é tratado, pensado e criado de forma única. Na Herdade do Rocim respeitamos, desde o início, a vocação natural do terroir da região, produzindo vinhos frescos, elegantes e minerais.

 

O PROJECTO VALE DA MATA

 

Vale da Mata era o nome de uma pequena vinha situada nos contrafortes da Serra de Aire, nas Cortes, onde o avô Manuel diz ter feito o melhor vinho da sua longa vida de agricultor. Foi ele quem deu o nome a este vinho, que a neta Catarina teve o prazer de ajudar a conceber. O Vale da Mata recupera uma tradição familiar e o regresso dos bons vinhos a uma terra peculiar que faz parte da história do Rocim. Este projeto é uma bênção. Quase um sonho. Queremos que o vinho o seja também.

 

Viticultura

 

O Vale da Mata tem uma área de 4,0 hectares (ha) de vinhas, composta por cerca de 3,2 ha de castas tintas, predominantemente Tinta Roriz e Touriga Nacional, e 0,80 ha das castas brancas regionais, Arinto e Vital. Inserida na zona norte da região vitícola de Lisboa, as suaves colinas e solos argilo-calcários permitem o regime hídrico ideal para o desenvolvimento desta cultura. O clima, marcadamente mediterrânico, tem forte influência atlântica, com noites frescas e temperaturas moderadas que promovem uma equilibrada maturação das uvas. Na viticultura do Vale da Mata, e sempre respeitando o máximo o terroir e os princípios da sustentabilidade, todas as operações, desde a poda de Inverno, passando pelas intervenções em verde, até à vindima são sempre efetuadas de forma manual, onde a mão humana tem um papel fundamental.

 

DOURO

 

BELA LUZ

A vinha do Bela Luz está situada na Região Demarcada do Douro, sub-região do Cima Corgo. Nesta vinha velha é abundante  planta de nome científico Thymus mastichina, que foi a principal inspiração na criação deste vinho

 

RAIO DE LUZ

O Raio de Luz é produzido a partir de vinhas velhas provenientes de três sub-regiões do Douro. Reúne a frescura do Baixo Corgo, a complexidade do Cima Corgo e a riqueza do Douro Superior

 

VINHOS VERDES

 

SANTIAGO NA ÂNFORA DO ROCIM

A parceria entre a Quinta de Santiago e o Rocim é uma abordagem inovadora à região de Monção & Melgaço. A Quinta de Santiago tem um conhecimento profundo sobre a casta e o terroir. O Rocim, uma experiência histórica na vinificação em ânfora. Uma colaboração que resultou num vinho singular e de exceção. O primeiro Alvarinho de ânfora a ser produzido na Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Um vinho delicado, elegante e frutado.

 

AÇORES

 

OCEÂNICO

O primeiro vinho produzido pelo Rocim nos Açores, na Ilha do Pico, é também um tributo ao arquipélago. Inspirados pelas ilhas açorianas, onde como disse Sophia de Mello Breyner “o mar é maior”, a casta Arinto dos Açores foi vinificada de forma a evidenciar as características deste terroir único e irrepetível. Tal como as ilhas, é um vinho envolvente, vibrante e misterioso.

 

MADEIRA

 

A MEIAS

As ânforas do Rocim viajaram até à Madeira para um casamento feliz com um Verdelho do Barbeito, um produtor histórico da Ilha. O vinho A Meias, vinificado em ânfora, é um vinho mineral, amplo e levemente salgado. Um DOP Madeirense com uma produção muito limitada.

 

DÃO

 

O ESTRANGEIRO

Os nossos primeiros vinhos do Dão concretizam, finalmente, o desejo de produzir numa região muito especial, mas em que somos “estrangeiros”. E foi precisamente este o nome que demos a estes vinhos, feitos com uvas de três vinhas velhas de Gouveia, Nelas e Silgueiros, que contribuem para o seu carácter único.