Climáximo consegue bloquear Refinaria da Galp em Sines com acção não violenta

Climáximo consegue bloquear  Refinaria da Galp em Sines com acção não violenta

O colectivo Climáximo levou a cabo, no dia 18 de Novembro, um bloqueio à Refinaria da Galp em Sines. Durante várias horas, mais de 100 activistas conseguiram, através de uma acção de bloqueio não violenta, obstruir durante várias horas as duas únicas entradas de viaturas da refinaria da Galp em Sines.

Em comunicado enviado às redacções, os activistas consideraram a acção como um sucesso. “Os activistas baseiam a declaração de sucesso no facto de terem cumprido o prometido, numa acção de bloqueio não violenta e ter obtido o que consideram ser uma resposta muito positiva da parte dos trabalhadores, que os convidaram ao estabelecimento de "uma frente que reivindique a descarbonização da refinaria de Sines até 2025”, pode ler-se no documento elaborado pela Climáximo.

Os participantes chegaram ao ponto de encontro vindos em dois autocarros oriundos de Lisboa e Porto. Durante todo o decorrer da acção, foram distribuídos panfletos sobre os motivos do bloqueio aos trabalhadores da refinaria com os quais os activistas se cruzaram. O protesto só terminou ao anoitecer, após uma reunião entre os envolvidos, na qual foi declarado o final do bloqueio.

A Climáximo refere ainda que após a entrada na refinaria, a única pessoa racializada entre os activistas foi o único elemento a ter sido identificado pelas autoridades.

"Viemos aqui reivindicar menos emissões, uma transição justa e democracia energética, e podemos dizer claramente que a mensagem passou", referiu Mariana Gomes, uma das porta-vozes da acção. Já Carolina Falcato, também porta-voz, acrescenta que "a nossa casa continua a arder, a COP26 foi o último suspiro das instituições para evitar colapso total e prova que vamos nessa direcção na mesma e já sabemos que a transição justa do Governo e da Galp não é nem transição nem justa".

No final da acção, já sabendo do comunicado enviado pela Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, que apelou à participação dos activistas  no plano de descarbonização da Refinaria de Sines, foi apresentado um caminho futuro de presença do Climáximo em Sines, com uma formação sobre Transição Justa no próximo dia 27 de Novembro e um acampamento que culminará com uma acção, durante o próximo Verão.

"A nossa esperança continuará nas ruas, num movimento que entenda de uma vez por todas que nós somos aquelas de quem estávamos à espera e que ninguém travará o colapso por nós", conclui Mariana.