O Defensor Irregular

Situado na Ilha da Berlenga Grande encontramos o Forte de São João Baptista. Este edifício tão visitado pela sua paisagem e pelos encantos locais foi mandado construir por D. João IV durante o seu governo para proteger a costa de Peniche.
Conta-se que por volta de 1667, este forte vivenciou uma grande batalha. Tratou-se de uma batalha com espanhóis que já andavam a percorrer outras cidades costeiras onde atacavam embarcações de pesca e navios portugueses. Esta batalha teve de ser travada quando António Avelar Pessoa percebeu que não ia vencer uma vez que, se encontrava em desvantagem de forças. Diz-se que apenas tinha 28 homens a lutar quanto que o batalhão espanhol estava articulado com 15 navios e com 1500 homens.
O forte teve de ser reconstruído porque os espanhóis destruíram-no completamente, mais tarde, serviu de prisão.
Este forte possuí uma planta irregular, mas pensada ao pormenor para a funcionalidade que viria a ter. Com os vários compartimentos existentes, esta planta une todos eles por um corredor subterrâneo, assim como, as onze peças de artilharia que se encontram apontadas para o mar até aos dias de hoje.
A partir de 1914 deixou de ser utilizado para os seus fins militares e por isso ficou ao abandono. Em consequência, o Sr. José Morgado deixou de ser o guarda do forte abdicando das suas funções, como, hastear a Bandeira Nacional aos Domingos e Feriados.
Foi recuperado nos anos 50 para obras de manutenção passando a ser uma pousada da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Porém, as Berlengas são procuradas pela magia que paira naquele local, conjugada pelo ilhéu no meio do mar, pelo miradouro e pela vantagem de puder visitar a fortaleza.
É impossível não guardar memórias deste local e por isso todos os turistas ou visitantes tiram inúmeras fotografias na vista de 360º graus onde consegue apanhar o mar e a ponte estreita de arcos. A paisagem é indescritível e o fascínio de magia daquela ilha prolonga-se nas águas verde e límpidas do Atlântico.