O núcleo de história sobre os Visigodos está em Beja
Visitar a coleção visigótica do Museu Regional de Beja é conhecer o núcleo de peças mais importantes da época em que os Visigodos estiveram no nosso país. A constituição deste núcleo duro de arqueologia faz de Beja a “Capital da Arte Visigótica em Portugal”. É um espólio que foi sendo recolhido e constituído, ao longo de vários anos, por diversos especialistas arqueológicos.
A instalação deste núcleo ocorreu na Igreja de Santo Amaro e deve-se pelo facto de aí existir uma primitiva basílica paleo-cristã do sul do país. Esta é uma construção do final do século XV e nela foram aplicados capitéis visigóticos e peças elaboradas do mesmo período.
Este projecto museográfico teve dois objectivos: recuperar o espaço interior da igreja, uma das mais significativas do concelho do ponto de vista histórico-arquitetónico, e expor a colecção visigótica reunida pelos especialistas de forma sistematizada, estabelecendo uma integração entre o conjunto das peças e os vestígios da antiga basílica.
Neste local, estão expostos vários objetos que marcam a presença dos visigodos na cidade, como capitéis, peças arquitetónicas de origem religiosa, lápides funerárias e uma espada de um guerreiro encontrada no princípio do século XX, numa sepultura na cidade de Beja. É uma das mais importantes coleções arqueológicas portuguesas.
O conjunto de peças expostas foi recolhido no concelho de Beja. Dele sobressaem, pela riqueza decorativa e pela quantidade, os elementos arquitetónicos que valem a sua visita. O Núcleo Visigótico é constituído por grandes peças do período dos Visigodos, povo de origem germânica, que esteve presente na Península Ibérica, entre os séculos V e VIII.