Teve lugar em Arcos de Valdevez a sessão de encerramento do projecto Gerês Xurés Dinámico, que contou com a colaboração dos municípios portugueses e espanhóis que compõem a Reserva da Biosfera Transfronteriza Gerês-Xurés e vários parceiros.
Com data de conclusão agendada para o próximo mês de Dezembro, este projecto foi implementado no único espaço natural protegido de carácter transnacional na eurorregião Galiza – Norte de Portugal, a qual conta com 100.000 ha de património cultural e natural e 7000 de Anos de História.
O Presidente da Câmara Municipal, João Esteves explicou que o principal objectivo deste projecto foi o Reforço da entidade e identidade da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés através do seu desenvolvimento económico e turístico sustentável e da protecção e conservação do seu património natural e cultural.
Com o objectivo de envolver os agentes do território na valorização da RBTGX e melhorar as suas capacidades para o desenvolvimento sustentável deste território, tanto económica como socialmente, foram realizadas acções formativas e workshops, bem como actividades conjuntas e um estudo etnográfico apresentado pela ADERE.
Ao longo do período de duração do projecto foram estudados os fluxos turísticos (antes da pandemia), criados produtos turísticos e uma rota circular transfronteiriça que atravessa toda a RBTGX numa distância de cerca de 300 kms.
Foram também desenvolvidos materiais didácticos (em particular os distribuídos em escolas galegas), sendo disso exemplo uma exposição itinerante (ARDAL) que tem permitido actuar na preservação da fauna ameaçada, bem como na valorização dos locais de interesse geológico e geomorfológico desta área protegida.
O autarca reforçou que os Municípios que compõem esta área protegida transfronteiriça, pretendem continuar a “Respeitar, Preservar e Valorizar os 50 anos de vida de uma área protegida que tem as suas raízes em milhares de anos de história e séculos de tradição; trabalhar no presente para garantir o seu futuro e criar as condições necessárias para que o Parque se adapte sempre à mudança, à modernidade e à inovação”.
Financiado em 75% pelo Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP) e com um orçamento de cerca de 2 milhões de euros, o projecto contou com a participação, na qualidade de beneficiários, da Direcção Geral de Património Natural (Conselheria de Ambiente da Xunta da Galiza), Agência de Turismo da Galiza, Deputación de Ourense, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - Norte, Turismo do Porto e Norte de Portugal, ADERE – Peneda Gerês e ARDAL bem como dos municípios de Arcos de Valdevez, Melgaço, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre.