Portugal brilha no Mundial com Marta Paço de ouro e Camilo de Cobre
Portugal terminou a sua participação no ISA World Parasurging Championship, hoje, em pismo Beach Califórnia, com uma medalha de ouro para a nova campeã mundial, Marta Paço na classe VI1 feminina, e uma medalha de cobre para o quarto lugar de Camilo Abdula em S1 masculino. Nuno Vitorino, o terceiro elemento da equipa, ficou pelo quartos de final, completando um lote de resultados que, de acordo com o presidente da Federação Portuguesa de Surf e líder da comitiva, João Aranha, cumpre plenamente os objectivos propostos:
“O nosso objectivo era a busca das medalhas individuais. O Nuno ficou pelos quartos de final com algum azar, o Camilo fez um campeonato brilhante terminando em quarto numa final muito bem disputada, e a Marta uma prova magnífica, demonstrando que é o melhor talento mundial do parasurfing na sua categoria. O nosso objectivo foi plenamente cumprido, o projecto do parasurfing em Portugal está de boa saúde e o trabalho que temos desenvolvido ao longo da última década continua a dar frutos. Agora é continuar a trabalhar para o crescimento do parasurfing e pensar nos próximos Mundiais.”
O presidente da FPS deixou ainda uma palavra “aos clubes que têm sido parte fundamental deste trabalho e ao Ministro da Educação que teve um gesto magnânimo de apoio à Selecção ao nos ligar directamente para nos congratular."
Camilo Abdula mostrou-se satisfeito com a medalha de cobre, afirmando: “Penso que me portei bem, este foi o melhor heat que fiz neste Mundial, cumpri os objectivos e honrei a bandeira nacional. Só tenho motivos para estar contente.” Mas a inevitável estrela do dia foi Marta Paço, nova campeã mundial, com apenas 16 anos. “É uma sensação de conquista e de recompensa pelo trabalho que tenho vindo a desenvolver desde os 12 anos.”
Questionada sobre a pressão que sentiu nesta prova maior do parasurfing, a jovem surfista de Viana do Castelo confessou: “É evidente que há sempre aquela pressão de querer fazer boas ondas para mostrar o nosso surf naquele que é o maior palco do surf adaptado mundial, mas agora apenas quero continuar a trabalhar, desenvolver manobras e tentar ajudar outras pessoas cegas que queiram começar a surfar. Quero ser uma embaixadora do surf adaptado.”
Finalmente, Marta quis agradecer a quem a apoiou desde o início: “Este resultado só foi possível graças à Federação Portuguesa de Surf, ao Surf Clube de Viana e ao Tiago Prieto, meu treinador. Para eles, o meu grande obrigado”.