A exposição “Retalhos da vida” de António Eduardo Soares de Sousa foi inaugurada, esta quinta-feira, na Galeria do Centro Municipal de Cultura (CMC) de Ponta Delgada e vai estar patente ao público de 18 deste mês a 23 de Outubro.
A inauguração que, tendo em conta as restrições impostas em consequência da Covid-19, sobretudo no que respeita ao distanciamento social, contou com a presença do arquitecto Soares de Sousa e do Vereador da Cultura, Paulo Mendes, em representação da Presidente da Câmara, Maria José Lemos Duarte.
Paulo Mendes aproveitou a oportunidade para evidenciar que a exposição de Soares de Sousa surge “num momento marcante na vida sociocultural da cidade e do concelho, que assinala o fim de uma pausa prolongada na actividade do Centro Municipal de Cultura”, que surgiu em consequência da Covid-19.
“É uma honra ver este nosso espaço cultural abrir as suas portas com toda a segurança, com uma exposição de um dos arquitectos e artistas mais icónicos do nosso contemporâneo” – sustentou.
Segundo referiu, “o simbolismo desta exposição é de grande alcance real e artístico, por proporcionar a presença, em espaço físico, de obras de arte e dos nossos artistas, dando-lhes visibilidade e proporcionando o diálogo direto com os vários públicos”.
Paulo Mendes disse a reabertura do CMC representa o “retomar da atividade cultural nos moldes a que estávamos habituados, sem descurar um novo contexto e uma nova realidade, como temos feito com o programa Animar PDL”.
“A Câmara, como instituição pública, está a fomentar, a incentivar e a promover a Cultura e os seus protagonistas, na sua importância como veículo de diálogo e de troca de opiniões e sentimentos, mas, sobretudo, no seu papel na aprendizagem” – frisou, agradecendo ao arquitecto Soares de Sousa, em nome da autarquia e da sua Presidente, a realização desta exposição, que “concretiza o seu objectivo cultural ao dar a conhecer ao público a generosa doação das 21 obras que fez ao nosso Município”.
“A sua doação é motivo de alegria e gratidão. Esta exposição prestigia o Centro Municipal de Cultura, a nossa cidade e o nosso concelho. Esta exposição é o retrato do arquitecto e do pintor que estabelece pontes que aproximam enriquecem a visão do profissional, do artista e do homem que pensa, age e intervém com grande sentimento de amor por Ponta Delgada” - acrescentou.
Entretanto, o Vereador da Cultura fez questão de salientar que os últimos 5 meses “foram tempos estranhos: ficamos confinados sobre as nossas angústias, quase confinamos os nossos sonhos e as nossas esperanças; foram uns tempos estranhos onde ficamos a perceber, ironicamente, das nossas fragilidades enquanto sociedade; mas também um tempo estranho onde o medo tendeu a dominar o nosso relacionamento com o outro; um tempo em que confinamos a nossa própria esperança”.
“Também foram tempos duros para os nossos artistas e para homens e mulheres que em diferentes áreas fazem a cultura. A cultura é justamente o nosso antídoto para o medo, o corredor para o encontro e, sobretudo, é aquela que pode nos devolver a esperança” – frisou.
Refira-se que por via das medidas de redução de risco de transmissão da Covid-19 que apenas poderão visitar a exposição 4 pessoas de cada vez e por um curto período de tempo.