SPEA desafia os portugueses a contar gaivotas

SPEA desafia os portugueses a contar gaivotas

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) lançou, aos portugueses, o desafio de registar as gaivotas, ninhos e crias que virem nas suas cidades. Aquela que é a primeira contagem nacional de gaivotas urbanas teve início o passado sábado, dia 1 de Maio, e estende-se até 31 de Julho.

As informações recolhidas irão contribuir para o censo nacional da gaivota-de-patas-amarelas, que é uma iniciativa conjunta entre a SPEA, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN, Região Autónoma da Madeira) e a Direcção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM, Região Autónoma dos Açores), cujo principal objectivo é estimar o número de casais reprodutores e sua distribuição nas áreas de reprodução.

“Todas as observações são importantes, e vão ajudar-nos a aferir o estado actual desta espécie que, ao longo das últimas décadas, tem vindo a alargar a sua área de nidificação, sobretudo para zonas urbanas”, diz Nuno Oliveira, técnico de conservação marinha na SPEA e coordenador da iniciativa.

Para participar basta procurar indícios de gaivotas-de-patas-amarelas a nidificar em zonas urbanas, e preencher o formulário online.

Ainda que a contagem já tenha começado, a SPEA acredita que poderá ser mais fácil confirmar a nidificação nos meses de junho ou Julho, quando se já se veem gaivotas juvenis.

Esta contagem de gaivotas urbanas decorre no âmbito do projecto “Ciência Cidadã - envolver voluntários na monitorização das populações de aves”, financiado pelo Programa Cidadãos Activos/Active Citizens Fund (EEAGrants), um fundo gerido em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com a Fundação Bissaya Barreto. O projecto tem como parceiros a Wilder – Rewilding your days e o Norwegian Institute for Nature Research (NINA).