Diga33 a 19 de Outubro nas Caldas da Rainha

Diga33 a 19 de Outubro nas Caldas da Rainha

As terceiras terças-feiras do mês mantêm-se fiéis à poesia no Teatro da Rainha. Outubro não será excepção, com um autor cuja obra muito nos empolga. José Luiz Tavares nasceu no lugar de Chão Bom, na Ilha de Santiago, Cabo Verde. O interesse pelas letras começou cedo, quando frequentava o Liceu Domingos Ramos na cidade da Praia. Aí fundou a publicação “Aurora”, colaborando posteriormente com a revista “Fragmentos” do Movimento Pré-cultura. Foi nesta revista que publicou os primeiros poemas. Em 1988 ingressou no curso de Literaturas Modernas e Filosofia da Universidade Nova de Lisboa. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, fixou-se na capital portuguesa e começou a colaborar com o suplemento DN Jovem. O primeiro livro, porém, só viria a surgir em 2003 com o título “Paraíso apagado por um trovão”.

Sobre a poesia de José Luiz Tavares escreveu António Cabrita, então crítico literário no jornal Expresso: «estamos diante de um “caso” literário, a que só a miopia de uma certa crítica obcecada com os graus de parentesco não dá o devido relevo.» Com o livro de estreia almejou o Prémio Mário António, atribuído pela Gulbenkian, mas nunca mais parou. A sua obra, repartida pela poesia e pela tradução, tem granjeado honras relevantes em Portugal, Cabo Verde, Brasil e Espanha. Destaque para o Prémio INCM/Vasco Graça Moura, atribuído em 2018 ao livro “Instruções Para Uso Posterior ao Naufrágio”. Poemas seus estão traduzidos para inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, catalão, letão, finlandês, russo, mandarim, neerlandês e galês. Traduziu para crioulo sonetos de Camões e a “Ode Marítima”, de Álvaro de Campos.

Motivo de conversa não nos faltará no próximo dia 19. A participação do público é bem-vinda e saúda-se. Reservem os vossos lugares.