Em 2024, D. Maria II regressa a Lisboa e continua em Odisseia Nacional pelo país

Em 2024, D. Maria II regressa a Lisboa e continua em Odisseia Nacional pelo país
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D. Maria II regressa a Lisboa com programação fora de portas e continua em Odisseia Nacional pelo país

Com a reabertura do edifício prevista para o início de 2025, o Teatro Nacional D. Maria II continuará a desenvolver, no próximo ano, uma programação artística em todo o país, incluindo Lisboa.

O Teatro Nacional D. Maria II apresentou a sua programação para todo o ano de 2024, num evento que contou com a presença de Pedro Penim, Director Artístico do D. Maria II, Rui Catarino, Presidente do Conselho de Administração do Teatro, e vários dos parceiros que tornam possível esta programação. Com o edifício do Rossio fechado para obras de requalificação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, e reabertura prevista para o início de 2025, o Teatro encontra-se a desenvolver uma programação artística em todo o território nacional, que se estenderá ao próximo ano, com projectos de norte a sul do país, incluindo Lisboa.

 

Ao longo do ano de 2024, o D. Maria II dará continuidade ao projecto Odisseia Nacional, iniciado em Janeiro de 2023 e que, no próximo ano, conta com uma programação que continuará a abranger todo o país, entre Janeiro e Dezembro. Ao mesmo tempo, o Teatro regressará a Lisboa, com um ciclo de programação dedicado aos 50 anos do 25 de Abril – Abril Abriu, que terá lugar em várias instituições culturais e em espaços não convencionais da cidade.

 

2023 foi o ano que marcou o arranque da Odisseia Nacional do D. Maria II, um projecto composto por 5 programas – Peças (espectáculos), Atos (projectos de participação), Frutos (actividades para o público escolar), Cenários (eventos de pensamento) e Nexos (formação) – e 1 exposição, desenvolvidos em articulação com mais de 90 concelhos de Portugal continental, Açores e Madeira. Ao longo de um ano, foram apresentadas cerca de 700 sessões de mais de 100 projectos artísticos, desde espectáculos a projectos de participação, passando por actividades para escolas ou eventos de pensamento.

 

Em 2024, a Odisseia Nacional continuará a percorrer o país, numa parceria com 38 municípios, que permitirá desenvolver dezenas de propostas artísticas agrupadas nos mesmos 5 programas previamente anunciados. O programa Peças incluirá espectáculos estreados ao longo de 2023, novas criações e ainda diversos projectos do D. Maria II:

 

  • O ano começa com o ciclo Antecipar o Futuro, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, da NTT DATA e d'O Espaço do Tempo, que decorre de 11 a 14 de Janeiro, em Lagoa.
  • Ao longo do ano, apresentam-se pelo país os projectos Rede Eunice Ageas, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e do Grupo Ageas Portugal que, no próximo ano, permitirá a circulação nacional dos espectáculos As Castro, de Raquel Castro, A Farsa de Inês Pereira, de Pedro Penim a partir de Gil Vicente, descobri-quê?, de Cátia Pinheiro, Dori Nigro e José Nunes, e Zoo Story, com direcção de Marco Paiva e texto de Edward Albee; Próxima Cena, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI, no âmbito do qual a companhia mala voadora desenvolverá o espectáculo 25 de Abril de 1974, com direcção de Jorge Andrade, que será apresentado em seis concelhos do país com baixa densidade populacional; PANOS – palcos novos palavras novas, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI e em parceria com o Teatro José Lúcio da Silva que, em 2024, levará dezenas de grupos de teatro escolar e juvenil a Leiria; e ainda os projectos NÓS/NOUS, que decorrerá em Lisboa, École des Maîtres, cuja apresentação final terá lugar em Coimbra.
  • Da programação do Peças fazem também parte cinco espectáculos que são o resultado de projectos artísticos participativos desenvolvidos por quatro estruturas artísticas em 2023, no âmbito do programa Atos da Odisseia Nacional: A Paz é a Paz e Penélope II, criações da estrutura artística UMCOLETIVO, Diário de uma República II, da companhia Amarelo Silvestre, com direcção artística de Fernando Giestas, Guião para um país possível, da estrutura Cassandra, com encenação de Sara Barros Leitão, e Terminal (O Estado do Mundo), de Inês Barahona e Miguel Fragata, da companhia Formiga Atómica.
  • E ainda os espectáculos Casa Portuguesa, com texto e encenação de Pedro Penim, e Pérola sem rapariga, com texto de Djaimilia Pereira de Almeida e encenação de Zia Soares, que continuarão em digressão nacional.

 

Depois de, em 2023, 16 estruturas artísticas terem realizado 43 projectos participativos em vários pontos do país, no âmbito do programa Atos, em 2024 será tempo de reflectir, sistematizar e disseminar os conhecimentos adquiridos. Neste sentido, o programa Atos irá proporcionar espaços de encontro e reflexão sobre as práticas artísticas participativas, como uma conferência ou o lançamento de uma publicação e de um documentário, ao mesmo tempo que haverá espaço para a realização de novos projectos artísticos participativos nas várias regiões do continente (Norte, Centro, Alentejo e Algarve) e regiões autónomas (Madeira e Açores).

 

A Odisseia Nacional manterá ainda os programas Frutos (com projectos destinados a todos os níveis de ensino); Nexos (com ciclos de formação para profissionais de cultura, nomeadamente para as equipas dos equipamentos que integram a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses; e para artistas com e sem deficiência e S/surdos); e Cenários (com um evento de pensamento que decorrerá em Novembro de 2024). E também a exposição Quem és tu? – Um teatro nacional a olhar para o país, com curadoria de Tiago Bartolomeu Costa que, depois de viajar por 8 concelhos em 2023, estará agora patente em Amarante (13 de Janeiro a 3 de Fevereiro), Barcelos (9 de Fevereiro a 2 de Março) e Lisboa (6 de Junho a 29 de Dezembro, no Museu Nacional do Teatro e da Dança), numa parceria com a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril e o Museu Nacional do Teatro e da Dança.

 

2024 marca também o regresso do Teatro Nacional D. Maria II a Lisboa, com o ciclo Abril Abriu, realizado no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Entre Março e Julho, o D. Maria II amplia o âmbito da sua actuação, com a apresentação de 17 projectos artísticos em instituições culturais e em espaços não convencionais da capital, numa programação diversa e multidisciplinar, inspirada nas conquistas de Abril, que sublinha o legado histórico, cultural, político e social da Revolução.

Este ciclo inicia-se na Culturgest, com As Areias do Imperador, espectáculo de Victor de Oliveira a partir de Mia Couto. Por altura do 25 de Abril, o São Luiz Teatro Municipal recebe a próxima produção do Teatro Nacional D. Maria II – Quis saber quem sou, um espectáculo com texto e encenação Pedro Penim, que pretende revisitar as canções da revolução, a meio caminho entre o concerto e a peça de teatro.

 

No Teatro Maria Matos, estará em cena Casa Portuguesa, de Pedro Penim, no MAAT, estreia-se 25 de Abril de 1974, uma criação de Jorge Andrade / mala voadora, enquanto o Teatro Romano recebe A Paz é a Paz, criação da estrutura artística UMCOLETIVO. Já no Teatro Meridional, apresenta-se POPULAR, criação de Sara Inês Gigante, vencedora da 6ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, do Centro Cultural Vila Flor, d'O Espaço do Tempo e do Teatro Viriato.

 

No Centro Cultural de Belém, estarão em cena Batalha, uma encenação João de Brito / LAMA Teatro com texto de Sandro William Junqueira; descobri-quê?, um espectáculo de Cátia Pinheiro, Dori Nigro e José Nunes; Os Idiotas uma criação de Ana Gil, Miguel Castro Caldas, Nuno Leão, Óscar Silva com texto de Miguel Castro Caldas; e Pérola sem rapariga, encenação de Zia Soares com texto de Djaimilia Pereira de Almeida.

 

Mercado das Madrugadas, criação de Patrícia Portela, ocupará o Largo de São Domingos, em Maio. Para além deste, outros projectos serão apresentados em diversos espaços da cidade: Ensaio para uma cartografia, com direcção de Mónica Calle; Luta Armada, de André Amálio e Tereza Havlíčková, da companhia Hotel Europa; NORMA, espectáculo com direcção artística de Diana Niepce; Zénite, um projecto com direcção artística de Sílvio Vieira, que parte do entulho das obras de requalificação do D. Maria II; e ainda um espectáculo apresentado no âmbito do FIMFA Lx2024, festival a que o D. Maria II volta a associar-se no próximo ano.

 

A encerrar esta programação dedicada aos 50 anos do 25 de Abril, estará Madrinhas de Guerra, com texto e direcção de Keli Freitas, espectáculo que será apresentado no Antigo Tribunal da Boa Hora.

Com este ciclo de programação, o Teatro Nacional D. Maria II assume o desafio de aproximar as gerações mais jovens dos ideais que Abril abriu, contribuindo para a educação, renovação e compreensão da democracia, ao mesmo tempo que mantém uma programação em todo o país, com o projecto Odisseia Nacional, procurando ser um agente de coesão territorial, catalisador do acesso às práticas artísticas onde ele é limitado, especialmente no interior, e contribuindo para a capacitação e aumento da notoriedade de outros centros.

SOBRE O TEATRO NACIONAL D. MARIA II

Fundado em 1846, o Teatro Nacional D. Maria II, E.P.E. é uma instituição central no panorama teatral português, comprometida com a sua missão de serviço público, que integra a promoção da democracia cultural e a realização do potencial cultural do nosso país e das suas pessoas. O TNDM II produz, co-produz e acolhe, por ano, cerca de 50 espectáculos e centenas de outras actividades, num total superior a 700 sessões, para mais de 100.000 espectadores. Procura activamente envolver cada vez mais pessoas na sua programação, através de múltiplas iniciativas desenhadas para todos os tipos de públicos, com particular atenção a crianças e jovens e pessoas com necessidades específicas. Trabalha em prol da valorização da criação nacional e das classes profissionais artísticas e técnicas que a suportam, com equipa permanente de cerca de 90 pessoas, colaborando com centenas de artistas e outros profissionais da cultura. Apresenta os seus espectáculos nas suas salas no Rossio, em Lisboa, e em digressão nacional e internacional.

Em 2023 iniciou um projecto inédito de coesão territorial através da arte teatral, a Odisseia Nacional, que, em parceria com mais de 90 municípios de todo o continente e ilhas, promove centenas de actividades, entre espectáculos (Programa Peças), projectos de participação (Programa Atos), actividades para todos os níveis de ensino (Programa Frutos), acções de formação para profissionais da cultura (Programa Nexos), eventos de pensamento (Programa Cenários) e uma exposição itinerante. A Odisseia Nacional conta com a participação de dezenas de estruturas artísticas, de profissionais e de múltiplos parceiros públicos, privados e do terceiro sector, de todo o país.

 

Conheça em detalhe toda a programação de 2024 do Teatro Nacional D. Maria II em www.tndm.pt.

Dossier disponível aqui.