Evento Cenários Presentes promove reflexão sobre cultura contemporânea em Torres Vedras

Evento Cenários Presentes promove reflexão sobre cultura contemporânea em Torres Vedras
Fotografia: João Versos Roldão

No final do mês, todos os caminhos vão dar a Torres Vedras. A encerrar a programação da Odisseia Nacional na região centro do país, o Teatro Nacional D. Maria II promove o evento de pensamento Cenários Presentes, em Torres Vedras, a 30 de Junho e 1 de Julho, em parceria com a Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, o projecto Lab2050, o Teatro-Cine de Torres Vedras e a Câmara Municipal de Torres Vedras. Serão 2 dias de reflexão sobre os programas, as estratégias e os desafios da cultura contemporânea, num evento focado no hoje e no agora.

Com entrada gratuita, o evento Cenários Presentes decorre em vários espaços da cidade de Torres Vedras e é composto por debates, conversas, mesas redondas e conferências, mas também por uma leitura encenada, um concerto, uma performance e um espectáculo.

No dia 30 de junho, sexta-feira, o evento contará com dois painéis de debate que partem da experiência da Odisseia Nacional na região centro, moderados por Patrícia Silva Santos e Pedro Penim: “Presente em relação – cultura nos municípios”, com João Aidos e Leonor Barata, e “Aproximações e distâncias: juventudes, cultura e sociedade”, com Diogo Araújo, João Ferreira e Salomé Faria. Durante a manhã, o Lab2050 dinamiza o Fórum Jovem, onde jovens da região Centro são desafiados a pensar o Portugal do ano 2050, num debate participativo.

À tarde, o D. Maria II promove um encontro entre programadores e artistas do centro do país, com a iniciativa “Cara e Coroa”, que conta ainda com a apresentação de cinco projetos de criadores emergentes daquela região, em formato pitching.

A encerrar o primeiro dia de evento, será possível assistir a uma performance e a um espetáculo: às 18h30, Adamastor, peça a partir da peça do coreógrafo luso-brasileiro Ricardo Ambrózio, escrita para o GAPP (Grupo de Artes Performativas da Performact), uma nova companhia experimental que pretende colmatar a lacuna existente entre a educação e a atividade profissional no meio da dança e das artes performativas. Às 21h30, o Teatro-Cine Torres Vedras recebe Ifigénia, uma encenação de Claudia Stavisky do texto de Tiago Rodrigues, integrada no projeto NÓS/NOUS.

No sábado, dia 1 de Julho, o dia começa com três mesas redondas em torno do aqui e do agora das práticas artísticas participativas, com foco nos temas “Paisagem”, “Pessoas” e “Património”. Simultaneamente, o Lab2050 dinamizará um Fórum aberto à comunidade, onde estruturas culturais e empreendedores sociais dos 32 concelhos do Centro do país parceiros da Odisseia Nacional se juntam para uma reflexão conjunta sobre o futuro desejável para a região e para o país, tendo como horizonte o ano 2050. A tarde contará com dois debates: “Que espaço há para a programação artística participativa?”, com Henrique Amoedo, Ricardo Baptista, Vanessa Madail, e “Arte Política”, com Joyce Souza, Keli Freitas, Lila Tiago e Rui Cunha Martins.

Às 18h30, o dramaturgo moçambicano Venâncio Calisto apresenta uma segunda leitura encenada de Viagem por mim terra, uma peça que está a escrever ao longo deste ano, no âmbito da Odisseia Nacional, com o objectivo de reflectir sobre a ideia de viagem e conferir um olhar (estrangeiro) sobre as realidades do Portugal de 2023.

Cenários Presentes é o segundo de três eventos de pensamento desenvolvidos pelo D. Maria II no âmbito da Odisseia Nacional. O primeiro, Cenários Passados, teve lugar em Guimarães, no final de Março, e reflectiu sobre a herança e a história, indagando sobre a sua influência nas “identidades nacionais”. No final do ano, será a vez de Loulé receber um evento dedicado ao Futuro.

A Odisseia Nacional é um projecto do Teatro Nacional D. Maria II que, durante o ano de 2023, se propõe a desenvolver centenas de propostas artísticas em mais de 90 concelhos de Portugal continental e ilhas, procurando democratizar a oferta teatral, fomentando a criação artística local, e relacionar o pensamento contemporâneo com as identidades locais, aproximando as comunidades de novas linguagens artísticas. Uma programação que se divide em cinco eixos — Peças (espectáculos), Atos (projectos de participação), Frutos (actividades para o público escolar), Cenários (eventos de pensamento) e Nexos (formação) — e ainda uma Exposição.