Francisco Costa apresenta Imperfeito em Coimbra

Francisco Costa apresenta Imperfeito em Coimbra
Fotografia: D.R.

Francisco Costa é, considerado por muitos, um dos talentos emergentes da nova geração de intérpretes do Fado e Canção de Coimbra e no dia 4 de Novembro será possível comprovar isso. O fadista apresentará Imperfeito, às 21h30 no Grande Auditório do Convento São Francisco.

O espectáculo será composto pelo repertório do mais recente álbum do artista “Retomar Coimbra”, juntamente com novos temas originais e clássicos, em absoluta estreia. O próximo disco do artista estará disponível em 2023. 

Imperfeito explora a sonoridade do Fado de Coimbra e retrata a condição do amor na busca de todo o seu esplendor, uma luta que recomeça todos os dias acabando na plausível e humana (im)perfeição.

Segundo Francisco Costa, “este espectáculo parte de uma das minhas músicas “Não quero um amor perfeito para a vida”, lançando o mote para a reflexão sobre o que nos apaixona e sugere uma resposta para a eterna demanda da plenitude.”

Este é o caminho para uma nova experiência que alia a força popular e autodidata originária do Fado à mestria técnica e profissional da música erudita. Com arranjos exímios do conceituado Maestro Rodrigo Morte, está presente toda a atmosfera da matriz coimbrã, onde a contemporaneidade se torna familiar, e o que poderia soar a contradição é apenas uma nova forma de escutar Coimbra com tradição, num espetáculo singular.

Com Luís Barroso (guitarra portuguesa), Luís Carlos Santos (guitarra clássica) e Ni Ferreirinha (baixo e direção artística), este espetáculo conta também em palco com Ricardo J. Dias (piano), Amadeu Magalhães (cavaquinho) e um quarteto de cordas liderado pelo talentoso violoncelista conimbricense Tiago Anjinho.

Natural da cidade de Tomar, Francisco é um dos talentos emergentes da nova geração de intérpretes do Fado e Canção de Coimbra. Foi um adolescente com olhos postos em Coimbra, e com o sonho de um dia fazer parte das incomparáveis Serenatas Monumentais, que repetidamente admirava em vídeos antigos. Era uma nova forma de cantar, um som que fazia sentido, o nascer de uma vocação. Com 18 anos, ingressou na Universidade de Coimbra, começou a frequentar aulas de canto na vertente da interpretação do Fado de Coimbra com o professor João Barros, integrou dois grupos da Associação Académica de Coimbra e foi membro da Estudantina Universitária de Coimbra.

Em 2017 ingressou na Escola de Fado e Guitarra do Fado ao Centro, na qual teve aulas de técnica vocal e interpretação com  o professor Eduardo Almeida e em pouco tempo, passou a integrar a equipa de músicos residentes do Fado ao Centro, com a qual teve a oportunidade de se apresentar em concertos nas mais variadas e prestigiadas salas de espectáculo em Portugal (Casa da Música, CCB, Convento São Francisco, entre outras).

Da importância capital das aulas de canto e interpretação, à colaboração com artistas de várias gerações do Fado de Coimbra, Francisco encontrou o seu estilo e elevou a sua voz de timbre profundo e singular. Considera fulcrais os ensinamentos dos músicos com quem tem colaborado, e em quem depositou total confiança na criação e produção do seu primeiro álbum, que deu azo também à sua vertente criativa apresentando temas de sua autoria. Destaca o trabalho desenvolvido com Luís Carlos Santos, que considera mentor e é autor de vários temas do disco.

Um percurso com olhos no futuro, acalentando os mesmos sonhos do passado, e a vontade de fazer mais, de criar, de juntar a sua às vozes deste Fado que apaixona, da Coimbra que ama e que canta.