Hipopótamo-Pigmeu em risco de extinção nasce no Zoo Santo Inácio

Hipopótamo-Pigmeu em risco de extinção nasce no Zoo Santo Inácio
Foto: DR

Estima-se que existam menos de 2500 animais desta espécie em todo o mundo

O Zoo Santo Inácio volta a ser presenteado com o nascimento de uma espécie em vias de extinção, um hipopótamo-pigmeu, que se encontra em perigo de desaparecimento devido à desflorestação e caça intensiva. 


A espécie de hipopótamo-pigmeu (Choeropsis liberiensis) está inserida no Programa Europeu de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (EEP) da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), pelo que o nascimento desta cria do sexo masculino se revela fundamental para a continuidade e conservação da espécie à escala global, considerando que apenas um em cada 10 nascimentos resultam em machos. 


Teresa Guedes, diretora do Zoo Santo Inácio, explica que “este nascimento é particularmente especial para todos nós. Estima-se que existam menos de 2500 hipopótamos-pigmeu em todo o mundo, estando a espécie classificada como Em Perigo, pelo IUCN. Cada nova vida representa uma oportunidade para garantir o futuro da espécie e mostra que estamos no caminho certo no compromisso que assumimos com a conservação das espécies, especialmente as ameaçadas de extinção.” 


Infelizmente, os números de hipopótamos-pigmeus continuam a descer no seu local de origem (Libéria e Costa do Marfim), especialmente devido à desflorestação, onde as florestas da sua área de distribuição histórica são constantemente exploradas, cultivadas, convertidas em plantações (borracha, café e óleo de palma) e colonizadas.  A floresta que resta está fragmentada, deixando as populações de hipopótamos pigmeus isoladas, com consequências demográficas e a maior suscetibilidade de pequenas populações à extinção local. 


Após 188 dias de gestação, a cria do sexo masculino nasceu a 13 de fevereiro, com um peso aproximado de 7.4 kg e, passado um mês, já pesava 18kg. Filho de Romina e Kibwana, o novo elemento da família chama-se Roki e, até à data, esteve na sua recolha para receber os cuidados maternais exigidos nos primeiros meses de vida, assim como também adaptar-se à vida na água, característica desta espécie.  


Esta é a quarta cria deste casal reprodutor, desempenhando um papel muito importante no Programa EEP. À data, sabe-se que a Romina e o Kibwana já foram avós de pelo menos dois animais noutros parques zoológicos.  

SOBRE O ZOO SANTO INÁCIO: 
 

Em 2000, abriu portas com o objetivo de aproximar a comunidade da Natureza e da Vida Selvagem, alertando para a crescente importância da Conservação das Espécies da Fauna e da Flora de todo o mundo.  

 

Em 2004 tornou-se membro da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), em 2006 foi fundador da Associação Portuguesa de Zoos e Aquários (APZA) e é um dos poucos Zoos nacionais que, em parceira com a EAZA, participa em Programas Europeus de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (EEP). A partir do ano de 2022, o Grupo Thoiry – detentor do Zoo Santo Inácio – ficou sob a alçada da empresa europeia Kartesia.

 

O Zoo Santo Inácio alberga cerca de 700 animais de 150 espécies, tendo já favorecido o nascimento de mais de 275 crias integradas nos programas de Preservação EEP.  

 

A proteção da vida selvagem e o bem-estar dos animais são a principal preocupação do Zoo Santo Inácio. Todas as espécies acolhidas pelo Zoo habitam em verdes e amplos ambientes, concebidos de forma a recriar os habitats de origem, proporcionando-lhes as melhores condições de conforto para que se possam manter saudáveis e manter os instintos animais.