'Homens Hediondos': Director artístico do TNSJ regressa à representação com um monólogo
Homens Hediondos: Director artístico do TNSJ regressa à representação com um monólogo encenado por Patrícia Portela
Na nova produção própria do Teatro Nacional São João, Nuno Cardoso delega a encenação a Patrícia Portela e assume o papel de actor num solo em que interpreta vários homens hediondos. Estreia-se a 11 de Setembro no Teatro Carlos Alberto.
Três anos após ter estreado o autobiográfico Achadiço (2021), e sete anos passados de Subterrâneo (2016), a partir de Dostoiévski, Nuno Cardoso regressa à representação e aos monólogos. A escritora e encenadora Patrícia Portela dirige o director artístico do Teatro Nacional São João em Homens Hediondos, um solo a partir do livro Breves Entrevistas com Homens Hediondos (1999) de David Foster Wallace.
Tal como acontece na obra do escritor norte-americano, Patrícia Portela faz desfilar vários monólogos de personagens masculinas que se vão transformando em “homens cada vez mais hediondos”. Recorrendo às “capacidades metamórficas e camaleónicas de Nuno Cardoso”, o palco é partilhado pelo deprimido, o grande amante, o porco, o que sabe tudo, o ressabiado, o misógino, o injustiçado, a eterna vítima ou o brutamontes, convocados à vez pela entrevista de alguém sempre ausente e cuja relação com cada um se desconhece.
Mais do que julgar em palco situações de sexismo, machismo, racismo ou misoginia presentes de forma sistémica na sociedade, a encenadora pretende confrontar-nos com aqueles momentos em que somos apanhados a tolerar certos comportamentos e relações de poder, em nome de uma estabilidade e de um estilo de vida, ou de uma determinada ideia de homem e de mulher.
A nova produção própria do Teatro Nacional São João, Homens Hediondos, está em cena no Teatro Carlos Alberto entre 11 e 14 de Setembro, com sessões quartas-feiras, quintas-feiras e sábados às 19h, sextas-feiras às 21h, e domingos às 16h. O espectáculo é legendado em inglês e os bilhetes têm o custo de 5 e 10 euros.