Manuel Botelho expões sobre a sua vida e obra em vários pontos do país
Nasceu em Vila da Rua, Moimenta da Beira (1939). Venceu o Prémio Nacional de Arquitectura Keil do Amaral 1989, com a Casa Dr. Barroso Pires (Ponte da Barca), e foi nomeado para o Prémio Mies van der Rohe 1994 e ainda finalista do Prémio Secil de Arquitectura 2002. O seu trabalho integrou várias exposições, como a Europália 1991, na Bélgica. Leccionou na Escola Superior de Belas Artes do Porto (1980-85) e na FAUP (1985-2009), tendo sido colega de Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e assistente de Fernando Távora.
Em Itália, Manuel Botelho frequentou o curso de Filosofia e concluiu as licenciaturas em Teologia Sacra na Pontificia Università Gregoriana de Roma e em Arquitectura na Università degli Studi di Roma – La Sapienza. Depois exerceu activamente arquitectura com escritório próprio em Portugal, tendo uma obra vasta e singular.
Tem um currículo vastíssimo e, informa uma nota da “Braga TV” que, a galeria da Garagem Avenida, em Guimarães, está a acolher a exposição “Território Manuel Botelho”, que revisita a carreira deste insigne arquitecto. A exposição encerra a 18 de Maio com uma visita guiada, a apresentação do livro “Território Manuel Botelho”, uma mesa redonda e o acordo de cedência de cerca de 1500 livros da biblioteca de Manuel Botelho para a Escola de Arquitectura, Arte e Design (EAAD) da Universidade do Minho. Estão previstas intervenções dos professores Paulo Cruz, Duarte Belo, Bruno Baldaia e João Cabeleira, além de profissionais que privaram com o arquitecto/professor, como Filipa Guerreiro, Luís Tavares Pereira, Mariana Carvalho e Paolo Melis.
A exposição foca o trabalho de três décadas do atelier de arquitectura Manuel Botelho, que cruza arquitectura, design de objectos, reflexão teórica, escrita e docência. A mostra tem a curadoria de António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia e Duarte Belo, numa parceria entre o Laboratório da Paisagem, Património e Território (Lab2PT), a EAAD, a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e a Fundação Marques da Silva, e conta com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e da Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Norte.
A exibição intersecta dois olhares. Por um lado, vemos a cenografia e as fotos de Duarte Belo pelo território de espaços construídos, de objectos e do quotidiano de Manuel Botelho. Por outro lado, vemos sete obras determinantes para caracterizar o percurso do Atelier Manuel Botelho, através de maquetes inéditas dos bolseiros da EAAD Bruno Castro, João Costa e Rui Ferreira, além de desenhos, esboços e fotografias, destacando-se um projecto não construído: o icónico Centro de Talassoterapia na Póvoa de Varzim (1993), que alude à era romana, à Vila Adriana e à relação água/luz, em co-autoria com o arquitecto Manuel Mendes.