Música clássica no Museu do Oriente
A música clássica vai ecoar pelo Museu do Oriente em Abril, em três concertos de entrada gratuita que se realizam nos dias 7, 26 e 30, com os Jovens Solistas e os Solista da Metropolitana e um recital de Clarinete e Piano.
No dia 7 de Abril, às 18.00, os Jovens Solistas da Metropolitana apresentam um programa inspirado nos compositores Paul Taffanel (1844-1908), Aleksandr Borodin (1833-1887) e Francis Poulenc (1899-1963), para mostrar a mestria nos instrumentos de sopro, das cordas e do piano. A 26 de Abril, é a vez dos músicos Telmo Costa e Anna Tomasik-Michalczyk apresentarem um Recital de Clarinete e Piano, às 19.00, com composições de C. Debussy, C. M. von Weber, R. Schumann e L. Bassi.
“Choros e Sonatas” é a sugestão dos Solistas da Metropolitana, no dia 30 de Abril, às 17.00, com composições de Darius Milhaud (1892-1974) e Heitor Villa-Lobos (1887-1959), músicos com uma série de afinidades entre si que partilham, inclusive, uma escrita de pendor neoclássico e a apetência para incorporarem, nas suas composições, influências da música popular.
É disso exemplo a sequência de Choros em que Villa-Lobos se propôs encarnar a alma brasileira por intermédio da evocação da arte dos músicos de tradição popular. Choros N.º 2, peça para flauta e clarinete, foi estreada em Paris em 1925 e está dedicada a Mário de Andrade, um dos fundadores do modernismo no Brasil. Choros N.º 5, para piano, foi composta no mesmo ano e consegue retractar a cordialidade e espírito festivo que se conhece do povo brasileiro. Já a Sonatina para Flauta e Clarinete de Milhaud, de 1922, espelha melhor o que é o neoclassicismo em música, com referências explícitas à música do século XVIII e a sonoridades que lembram Debussy.
A Sonata para Dois Violinos e Piano é anterior, de 1914, e foi uma das suas primeiras criações, ainda enquanto estudante no Conservatório de Paris, com a particularidade de atravessar humores muito contrastantes. Por fim, a Suíte para Clarinete, Violino e Piano, excertos da música que compôs, em 1936, para a representação d’O viajante sem Bagagem de Jean Anouilh, uma peça teatral que conta a história de um veterano da Primeira Guerra Mundial que sofre de amnésia.