A W52-FC Porto desceu Lisboa para comemorar um triunfo duplo na Volta a Portugal Edição Especial Jogos Santa Casa. Amaro Antunes confirmou a conquista da Camisola Amarela e Gustavo César Veloso impôs-se na oitava e última etapa, um contra-relógio individual de 17,7 quilómetros, disputado na capital.
As derradeiras pedaladas confirmaram o favoritismo portista. Gustavo César Veloso puxou dos galões de contra-relogista e, depois de abrir a Volta a ganhar o prólogo, fechou a corrida impondo-se no contra-relógio lisboeta. O galego completou o exercício individual em 21m34s, à média de 49,243 km/h. António Carvalho (Efapel) foi o segundo mais rápido, a 8 segundos, e o francês Anthony Delaplace (Team Arkéa Samsic) fechou o pódio da jornada, a 17 segundos.
O algarvio Amaro Antunes, não sendo contra-relogista, defendeu-se da melhor forma, selando a conquista da Camisola Amarela Jogos Santa Casa, graças ao sétimo tempo na etapa, a 31 segundos do vencedor. Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) começou a jornada no segundo lugar da geral, mas o 26.º lugar na etapa, a 1m10s de Gustavo César Veloso, fê-lo trocar de posição com o galego.
Amaro Antunes concluiu a Volta a Portugal Edição Especial Jogos Santa Casa com 29h28m57s, menos 42 segundos do que Gustavo César Veloso e menos 52 segundos do que Frederico Figueiredo, que completaram o pódio.
“Saí a lutar pelo contra-relógio, mas também para tentar ganhar a Volta. Sabia que o Amaro estava forte e que o crono era curto, não permitia fazer muitas diferenças. Consegui vencer a etapa e a equipa conseguiu primeiro e segundo na geral. É a melhor maneira de dignificar os patrocinadores que, numa época tão complicada, continuaram a dar-nos apoio. Anunciou que vou correr mais um ano, porque nesta Volta nem sequer pudemos conviver com os adeptos”, explicou Gustavo César Veloso.
A Volta a Portugal Edição Especial Jogos Santa Casa teve três dias que se revelaram essenciais na definição do pódio. Gustavo César Veloso aproveitou o prólogo e o contra-relógio para se colocar na segunda posição. Amaro Antunes e Frederico Figueiredo desferiram um golpe na concorrência na etapa da Senhora da Graça. A regularidade do algarvio entre a montanha e o contra-relógio valeu-lhe a Camisola Amarela, ao passo que a fragilidade do chefe-de-fila dos tavirenses no contra-relógio empurrou-o para o terceiro posto final.
“Finalmente posso respirar de alívio. Foram dias de muita tensão, mas senti-me sempre confiante devido ao grupo que tinha em meu redor. Os meus colegas deram tudo por mim. À partida para o contrarrelógio só pensava em retribuir todo esse trabalho. Tenho vindo a fazer um percurso muito bonito, tem-me faltado um pouco de sorte. Mas quando fazemos as coisas bem e praticamos o bem, a recompensa acaba por chegar. Sinto-me realizado. Acima de tudo quero dedicar a vitória à minha mãe e a todo o grupo de trabalho”, afirmou Amaro Antunes, na hora da consagração.
Dois portugueses deram cartas em outras tantas classificações, chegando ao último dia com duas vitórias já garantidas. Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO) leva para casa a Camisola Vermelha Cofidis, dos pontos, e Hugo Nunes (Rádio Popular-Boavista) é o dono da Camisola Branca e Vermelha Fidelidade, da montanha. O britânico Simon Carr (Nippo Delko Provence) conquistou a Camisola Branca IPDJ, da juventude. A W52-FC Porto juntou o triunfo coletivo ao individual, diante da Rádio Popular-Boavista e da Efapel.