Apresentação da 68.ª edição da Revista Aquae Flaviae em memória a Luís Vaz de Camões

Apresentação da 68.ª edição da Revista Aquae Flaviae em memória a Luís Vaz de Camões
Foto: DR

A Sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Chaves recebeu no dia 13 de Setembro a apresentação pública da 68.ª edição da Revista Aquae Flaviae, uma homenagem ao V Centenário do nascimento do maior poeta épico português, mundialmente ilustre, Luís Vaz de Camões.

 

Com a missão de desvendar e divulgar vivências e espaços emblemáticos do Alto Tâmega, a obra inclui estudos diversificados de natureza patrimonial, natural e histórica da região, com enfoque em temáticas relativas aos castelos de Monforte de Rio Livre e de Montalegre, aos notáveis transmontanos Bento da Cruz e Abade de Baçal e ainda, como estrela principal, a memorização de Luís Vaz de Camões.

 

Durante a sessão, José Barbosa Machado, investigador e docente da UTAD, responsável pelo estudo “Diferenças tipográficas na edição de 1572 de Os Lusíadas de Camões”, cativou a atenção de todos os presentes com a demonstração de provas que comprovam a existência de contrafacção à edição original de “Os Lusíadas”, datada de 1572. Pôde-se observar várias discordâncias entre cópias com a mesma data, nomeadamente nas gravuras que ornamentam o frontispício, encimado pela imagem de um pelicano, que apresenta diferentes posições, bem como no tipo de papel utilizado e na distribuição vocabular.

 

Presente no evento, o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Francisco Melo, não pôde deixar de enaltecer o trabalho desenvolvido pelo Grupo Cultural Aquae Flaviae, que tanto enriquece a cidade, através dos seus estudos e publicações. Reconhecendo “Luís de Camões como porta-estandarte da identidade lusitana”, o autarca dirige-se aos contrafactores do livro, como “heróis nacionais, pois apesar do delito, permitiram que na clandestinidade se lê-se a exaltação dos valores pátrios e se cria-se uma ideia de identidade nacional, que possibilitou resistir à diluição cultural que a ocupação filipina poderia ter originado”. Ressalvou, também, que viabilizou a “difusão da nossa história e o modo de nos expressarmos em português”.