BONS SONS voltou a habitar as ruas de Cem Soldos
Após dois anos de pausa, o BONS SONS voltou a habitar as ruas de Cem Soldos. De 12 a 15 de agosto, no pico do verão, Cem Soldos reencontrou as suas ruas, praças, esquinas e largos em fervor. Viveu-se a aldeia na luz, nas sombras, durante a noite e o dia, sentiu-se o amor e mataram-se saudades neste regresso.
Neste 11.º BONS SONS voltou a habitar-se a rua de uma aldeia em manifesto e foi uma festa. 47 concertos, 50 espetáculos e atividades especiais realizados por cerca de 300 artistas. A este número soma-se a realização de 2 concertos inesperados e 30 concertos espontâneos no Palco Garagem.
Neste 11.º BONS SONS voltou a habitar-se a rua de uma aldeia em manifesto e foi uma festa. 47 concertos, 50 espetáculos e atividades especiais realizados por cerca de 300 artistas. A este número soma-se a realização de 2 concertos inesperados e 30 concertos espontâneos no Palco Garagem.
Durante quatro dias (dois deles - sábado e domingo - com lotação esgotada), o BONS SONS contou com 33.100 visitantes e com muita música, dança, histórias encenadas, performances, exposições, percursos sonoros e de biodiversidade, conversas, debates, jogos tradicionais, burros de Miranda, percursos artísticos, oficinas de música, rádio ao vivo feita por crianças e um mural. Foi um festival onde as pessoas viveram as ruas aldeia, sem perder a escala humana que o caracteriza, e as reações de artistas e do público não podiam ter sido melhores. O reflexo de um festival organizado por uma aldeia inteira, uma comunidade onde 510 voluntários (400 da aldeia e 110 de fora) tornaram possível o BONS SONS que existe e quer existir pela contemporaneidade no campo, por uma plataforma cultural, pelo planeamento do território, pela cidadania participativa, pelo envelhecimento ativo, pelo ensino em comunidade, pelos projetos de território, por uma ação sustentável, pela criação de espaço público e pela cultura popular.
Este ano, o mapa do recinto voltou a ter alterações, tendo sido retirados dois palcos que deram lugar a concertos na rua. Na Rua, atuaram OMIRI e Cantadeiras do Vale do Neiva, no Portal da Igreja, e Porbatuka e Grupo de Gaitas da Golegã, que atuaram em modo arruada. Os concertos da MPAGDP - Música Portuguesa a Gostar Dela Própria — Peixinhos da Horta, Emanuel e Toy Matos, João Francisco e MaZela — realizaram-se em recantos da aldeia, nomeadamente, Largo do Pombal e Pátio do Auditório Agostinho da Silva.
Também o Palco Aguardela teve alterações e passou a ser um palco móvel, onde aconteceram as atuações de José Pinhal Post-Mortem Experience, DJ Boy Named Sue, Neon Soho, António Bandeiras, DJ Kitten e RIVA, que teve a seu cargo a festa de encerramento do BONS SONS.
Outro recanto já conhecido – um campo de oliveiras em anfiteatro, o Palco Zeca Afonso – preparado para receber pessoas em pé ou sentadas neste cenário natural deu lugar aos concertos de André Henriques, Rita Vian, Aldina Duarte, Rui Reininho e B Fachada.
A antiga eira de Cem Soldos voltou em 2022 a ser utilizada como cenário do festival, no Palco António Variações, onde aconteceram os concertos de Motherflutters, GROGnation, David Bruno, Pluto, CRIATURA & Coro dos Anjos e Bateu Matou.
O Palco Giacometti – INATEL recebeu Niki Moss, Cancro, Bia Maria, Sunflowers, A Garota Não, Fado Bicha, Tyroliro e Maria Reis.
No Largo do Rossio, situa-se o Palco Lopes-Graça, que acolheu Acácia Maior, Marta Ren, Cassete Pirata, Cabrita, Terra Livre, Sebastião Antunes & Quadrilha e Lena d’Água.
No Palco Carlos Paredes, situado dentro da Igreja de São Sebastião, atuaram Manel Ferreira, Violeta Azevedo, Fernando Mota e PHOLE.
Fora dos palcos, os concertos inesperados apanharam de surpresa visitantes sombras de árvores, onde participaram Terra Livre e B Fachada.
Surgiu ainda um novo espaço no festival: a Casa Sem Tecto Amália, que acolheu uma exposição do fotógrafo João Gigante.
Em 2022, entre a azáfama dos dias, o BONS SONS voltou à aldeia e trocou a ânsia por abraços, para cumprir os valores deste festival: comunidade, família, liberdade e festa: é urgente tudo isso. Que nunca mais tenham de ser adiados