Colectiva de arte PARAGONE: convida à redescoberta do património de água de Lisboa

Colectiva de arte PARAGONE: convida à redescoberta do património de água de Lisboa
Fotografia: Luís Damião

No contexto da semana da arte em Lisboa, inaugura a 26 de Maio a exposição internacional de arte contemporânea “PARAGONE: What’s with mediums today?”, em três polos expositivos: no Centro Cultural Cabo Verde - Embaixada, e em dois espaços do Museu da Água: Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos e Reservatório da Patriarcal.

O acto inaugural integra o programa VIP da ARCO Lisboa, que a capital portuguesa acolhe entre 25 e 28 de Maio, na Cordoaria Nacional. A exposição, que tem a direcção artística e produção da galeria de arte THIS IS NOT A WHITE CUBE, irá contar com um programa de visitas guiadas, a decorrer aos Sábados, que irá promover a redescoberta, em três paragens, de um património histórico desconhecido por muitos (incluindo um trajecto subterrâneo), ligado ao abastecimento de água da cidade de Lisboa.

Com curadoria de Graça Rodrigues, Katherine Sirois, Sónia Ribeiro e Ricardo Barbosa Vicente, “PARAGONE: What’s with mediums today?” expõe uma conjugação significativa de meios, destacando obras de artistas provenientes de uma grande variedade de origens culturais e geográficas - incluindo Algéria, África do Sul, Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Nigéria, Portugal, República Democrática do Congo, Reino Unido e São Tomé e Príncipe - cujas práticas ultrapassam fronteiras espaciais e técnicas.

Reflectindo sobre a questão do “medium” no discurso da arte contemporânea, demonstra a atual tendência para a construção de uma unidade formal que se afasta da ideia de uma pureza de meios que tende para a compartimentação e que assegura a posição histórica de qualquer obra como arte, para se afirmar, seja na experimentação da prática da adição técnica, seja na recuperação de práticas remotas de produção artística.

A exposição PARAGONE através dos três espaços temáticos que acolhem o projecto, promove ainda um programa de visitas guiadas (a anunciar brevemente), num convite ao público à redescoberta, em três paragens, de um património histórico desconhecido por muitos, ligado ao abastecimento de água da cidade de Lisboa.

O roteiro inicia-se no polo expositivo do Centro Cultural Cabo Verde - Embaixada (junto ao largo do Rato), segue pelo trajeto subterrâneo da Galeria do Loreto (que integrava o sistema Aqueduto das Águas Livres), com início na Casa do Registo (contígua ao Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras), e término no Reservatório da Patriarcal (sob o Jardim do Príncipe Real) e encerra no edifício da Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos.

A mostra estará patente ao público nestes locais até 20 de Agosto. A entrada é livre.