DISCURSO programação completa até dezembro subordinada ao tema QUEIMAR

DISCURSO programação completa até dezembro subordinada ao tema QUEIMAR
Fotografia: D.R.

Na nova temporada 2023-2024, a programação de Discurso está a cargo de Melissa Rodrigues, artista-visual e curadora, que se junta à equipa do TBA. Para os primeiros quatro meses da temporada, Melissa Rodrigues desenhou um programa de conversas, conferências e workshops nos quais se debate a ideia de queimar e de renovar a partir das perspectivas específicas das identidades afrodiaspóricas e não normativas.

 

21 Setembro
(conversa)

Queimar – Verbo-acção.
Uma conversa a várias vozes tendo o fogo como terreno comum.
Como praticar gestos de mudança e especular arquitecturas de cuidado e de futuro em espaços onde a reprodução da invisibilidade e apagamento de corpos e narrativas acontecem como uma suposta neutralidade? 
Como pensar o fogo e a acção colectiva enquanto mecanismos e tecnologias de reconfiguração política? É possível produzir mudança numa estrutura em colapso?
Estas são algumas questões para reflectirmos em conjunto.

PINY é performer, coreógrafa, pesquisadora e professora de práticas mistas. Feminista interseccional e activista. O seu estudo tem sido centrado em fusões de danças da zona MENAT e danças de rua e clubbing. É licenciada em arquitectura e dança contemporânea. Fundou o colectivo ButterflieSoulflow, as Soulflow DJs, o coletivo Orchidaceae e o projeto Vogue PT.Chapter.

RODRIGO RIBEIRO SATURNINO (ROD) é pesquisador e artista visual. Doutor em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Pós-Doutor pelo Centro de Estudos da Comunicação e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. 

SHAHD WADI Palestiniana, entre outras possibilidades. Tenta exercer a sua liberdade viajando entre investigação, escrita, tradução, curadoria, performance e consultorias artísticas. Autora de Corpos na trouxa: histórias-artísticas-de-vida de mulheres palestinianas no exílio (2017).

THE BLACKER THE BERRY PROJECT é um colectivo criativo com o objectivo de amplificar artistas negres LGBTQ+ residentes em África, nas Caraíbas, América Latina e na diáspora europeia através de intervenção criativa.

TITA MARAVILHA é criadora, cantora, performer e palhaça. Através da ideia de corpo político, traz em seus processos artísticos as dores e delícias de ser um corpo dissidente.

 

21 Setembro
quinta 18h30
 
(conversa)
Sala Principal

Entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia a partir das 15h (máximo de 2 por pessoa)
Duração 90 min.

 

23 Setembro
(workshop)

Luan Okun
INA INA MOJUBÁ
falar/fazer

falar/fazer é um movimento prático, do ouvido à boca, passando pelas mãos. Um ciclo de workshops em que a conversa e a partilha de conhecimento sejam tão importantes como a experimentação. Pensar com o corpo.

O meu respeito ao fogo, peço licença e me dobro diante a esse elemento, peço que me guie, para que tenha sabedoria de ir de encontro com conhecimentos soprados ao ouvido.
O que é necessário queimar nesse mundo como conhecemos para que possamos prover outras narrativas para nossas vidas impossíveis? Que nosso encontro possa alimentar as chamas da revolta! Que ardam as injustiças e assim aqueça o fogo no cu, o nosso desejo de vida.
Mas antes é necessário queimar, queimar…a gente aproveita e aquece um chá.

Luan Okun
LUAN OKUN é um performer, actor e pesquisador a viver actualmente em Lisboa. Utiliza a sua corpovivência e as encruzilhadas espirituais como a principal ferramenta para o seu modo de fazer artístico.  

23 Setembro
sábado 15h
 
(workshop)
Sala a anunciar

Preço único 3 eur. mediante inscrição prévia com biografia (até 150 palavras) e parágrafo de motivação (até 250 palavras) até dia 18 Setembro para bilheteira@teatrodobairroalto.pt (lotação 20 pessoas)
Duração 3h

 

14 Outubro
(workshop)

Raquel Lima
COMO PENSAR-HUMANO ATRAVÉS DOS ELEMENTOS DA NATUREZA?
falar/fazer

 

falar/fazer é um movimento prático, do ouvido à boca, passando pelas mãos. Um ciclo de workshops em que a conversa e a partilha de conhecimento sejam tão importantes como a experimentação. Pensar com o corpo.
 
Este é um workshop especulativo, moldado pela minha experiência nos movimentos anti-racistas, para introduzir ferramentas de auto-análise e terapias políticas que prevêem a organização autónoma e os direitos à vida, à justiça e à paz. O objectivo é buscar visões ancestrais de organização social e política que abarquem a ética do cuidado e do autocuidado, organizando um pensamento humano que se manifeste através dos cinco elementos naturais – água, fogo, terra, ar e éter.

Raquel Lima

RAQUEL LIMA é poeta, artista transdisciplinar, e investigadora de Estudos Pós-Coloniais, focada em oratura, escravatura e movimentos afrodiaspóricos.

 

 

14 Outubro
sábado 15h
 
(workshop)
Sala Manuela Porto
 
Preço único 3 eur. mediante inscrição prévia com biografia (até 150 palavras) e parágrafo de motivação (até 250 palavras) até dia 9 Outubro para bilheteira@teatrodobairroalto.pt (lotação 20 pessoas)
Duração 3h

 

21 Outubro
(conversa)

Afrolis
RITUAL DE ESCUTA #3
Não.

"Não." é o título do terceiro episódio da série de audiodramas, Ritual de Escuta, produzida pela Afrolis. O direito ao “não”. Quem pode dizer “não”? Quando dizemos “não”? Que consequências daí advêm? O que nos motiva? Poderá ser apenas libertador? O terceiro episódio da série Ritual de Escuta explora as possibilidades e limitações desta palavra, que tanto pode simbolizar uma limitação como imensas possibilidades. No universo do que percepcionamos enquanto justo ou injusto, qual o papel desta palavra?

 

21 Outubro
sábado 18h30

(conversa)
Sala Manuela Porto

Entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete (máximo de 2 por pessoa) na bilheteira no próprio dia a partir das 15h
Duração 90 min.

 

 

7 Novembro
(conferência)

Francisco Godoy Veja
USOS Y COSTUMBRES DE LOS BLANCOS

A partir dos diálogos do livro homónimo de Francisco Godoy Vega, o curador, artista e poeta QPOC (Queer and Person of Color) convida-nos a transitar com desconfiança pelos mundos da história colonial espanhola e portuguesa, da teoria decolonial, da prática anticolonial, dos estudos críticos da branquitude, da museografia e das instituições culturais, para pensar e fazer perguntas incómodas aos nossos companheiros de habitat: os brancos.

FRANCISCO GODOY VEGA é doutor em História da Arte e Cultura Visual, membro do colectivo Ayllu e co-director do Programa Orientado a Práticas Subalternas (P.O.P.S. Como membro do colectivo Ayllu, expôs no Matadero Madrid, na Bienal de Sydney, no Museu Reina Sofía e na Bienal de São Paulo entre outros. Publicou livros de poesia e trabalhos teóricos que incluem Usos y costumbres de los blancos (2023), Desmentir la falsa división entre Historia y Geografía (2021), La exposición como recolonización (2018), Devuélvannos el oro (ed., 2018) e No existe sexo sin racialización (ed., 2017).

 

7 Novembro
terça 18h30
 
(conferência)
Sala Principal
 
Entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete (máximo de 2 por pessoa) na bilheteira no próprio dia a partir das 15h
Em espanhol sem tradução
Duração 90 min.

18 Novembro
(workshop)

 Inés Sybille Vooduness
CORPO DE INPUTS E OUTPUTS
falar/fazer

Este workshop é um percurso pelo campo coreográfico ou dispositivo-colagem sincrético-crioulizado da artista. O objectivo é expandir novas percepções para gerar possibilidades criativas e mutações epistemológicas através de cápsulas de futuro conjugadas no passado e no presente, já existentes. Que máquinas inventamos para fertilizar novas percepções? Que tecnologias modificamos para ajudar a imaginar futuros fantásticos?
O falar e o fazer aqui propostos implicam um movimento que existe nos limites e que, sem hesitar, explora o exagerado e até o monstruoso com gestos de fogo e ardentes. Pode este fogo ser uma tecnologia de abstracção e digitalização para ressignificar e reeditar os saberes que nos ocupam? Pode este elemento ser também um convite para a criação duma diáspora digital?

Inés Sybille Vooduness

 
INÉS SYBILLE VOODUNESS é bailarina, professora, coreógrafa e investigadora cultural. É artista residente de La Casa Encendida 2023 com a sua performance Santa de substrato autónomo e artista residente 2023-2024 com Simbi em águas astronómicas do Festival TNT.

 

18 Novembro
sábado 15h
 
(workshop)
Sala Manuela Porto

Preço único 3 eur. mediante inscrição prévia com biografia (até 150 palavras) e parágrafo de motivação (até 250 palavras) até dia 13 Novembro para bilheteira@teatrodobairroalto.pt (lotação 20 pessoas)
Duração 3h

 

16 Dezembro
(conversa)

Aurora Almada e Santos e Aurora Negra
PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS LUTAS DE LIBERTAÇÃO E INDEPENDÊNCIA AFRICANAS

O Olhar para trás em busca de utopias, sonhos por cumprir. Inscrever os seus nomes, os seus rostos, as suas vontades e desejos na História.
Quem foram as mulheres que lutaram pela liberdade?
Revoluções do passado que contaminam movimentos do presente-futuro cruzam-se nesta conversa entre a historiadora Aurora Almada e Santos e o colectivo de artistas e criadoras da peça A Missão da Missão, Aurora Negra (Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema).
 
AURORA ALMADA E SANTOS é investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, onde se tem dedicado ao estudo da dimensão internacional da descolonização portuguesa.

AURORA NEGRA é o colectivo criado por Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema. As três formaram-se na Escola Superior de Teatro e Cinema e seguiram um percurso na interpretação e criação para teatro e cinema, nacional e internacionalmente. O projecto nasceu para criar um espaço onde pudessem contar as suas histórias com as suas próprias narrativas, ficções, vozes e corpos, celebrando a sua ancestralidade em todas as formas.

16 Dezembro
sábado 16h
 
(conversa)
Sala a anunciar

Entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete (máximo de 2 por pessoa) na bilheteira no próprio dia a partir das 15h
Duração 90 min.