Exposição "Desenhar no Escuro" de António Jorge Gonçalves na Fábrica das Histórias

Exposição "Desenhar no Escuro" de António Jorge Gonçalves na Fábrica das Histórias
Fotografia: D.R.

Desenhar no Escuro é o titulo de uma exposição de desenho da autoria de António Jorge Gonçalves que vai estar patente na Fábrica das Histórias – Casa Jaime Umbelino de 28 de Janeiro a 8 de Abril.

Os trabalhos que constituirão esta exposição resultam da aplicação de um processo de inversão, em que o artista regista a lápis branco sobre cadernos pretos paisagens urbanas, clausuras domésticas, deambulações pela natureza e fragmentos da vida quotidiana.

Na exploração da linguagem gráfica dos trabalhos que estarão patentes na exposição Desenhar no Escuro o desenhador António Jorge Gonçalves acabou por perceber que “que aquelas páginas pretas são como salas às escuras que precisam do lápis branco para revelar o que lá está dentro”.

Recorde-se que a Fábrica das Histórias – Casa Jaime Umbelino (que se situa na Rua Maria Barreto Bastos, n.º 36, em Torres Vedras) está aberta ao público de terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, e, ao sábado, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00. A visita às exposições patentes neste equipamento cultural municipal é gratuita.

António Jorge Gonçalves

Nasceu em 1964, em Lisboa. É licenciado em Design de Comunicação pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, tendo feito mestrado em Cenografia para Teatro na Slade School of Fine Art, em Londres, onde foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.

O seu trabalho envolve ilustração editorial, cartoon político e performance visual. É autor de diversos livros de banda desenhada, entre os quais a trilogia Filipe Seems (com Nuno Artur Silva) e as novelas gráficas A Arte Suprema e Rei (com Rui Zink). Entre 2003 e 2018, publicou semanalmente cartoons políticos no Inimigo Público. Fez direcção visual em várias peças de teatro, entre as quais O Que Diz Molero Como Fazer Coisas Com Palavras, e criou o projeto "Subway Life". Recebeu, em 2014, o Prémio Nacional de Ilustração pelo livro Uma Escuridão Bonita, de Ondjaki.

Na última década, as suas performances de desenho digital têm tido lugar em todo o mundo, envolvendo artistas como Bulllet, Kalaf, Amélia Muge, Micro Audio Waves, Gino Robair, Ellen Fullman, Mário Laginha ou Bernardo Sassetti. 

É autor de Barriga da Baleia, Eu Quero a Minha Cabeça! e Estás tão Crescida, tendo ilustrado o livro Salgueiro Maia. O Homem do Tanque da Liberdade, escrito por José Jorge Letria