Exposição sobre Pablo Neruda, poeta e diplomata
Uma exposição bibliográfica sobre Pablo Neruda, considerado um dos mais importantes poetas de língua espanhola, está patente em fevereiro na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, no âmbito do ciclo “Autor do Mês”.
Além de poeta e escritor, o Prémio Nobel da Literatura de 1971 foi diplomata, com passagens por vários países asiáticos e responsabilidades de cônsul em Espanha e de embaixador no México e em França, e senador eleito pelo Partido Comunista Chileno, tendo sido alvo de uma perseguição política pelo governo de González Videla que o levou ao exílio na União Soviética no final da década de 1940.
A mostra, que dá a conhecer alguns títulos da obra e poemas Pablo Neruda, pseudónimo de Ricardo Eliécer Neftali Reyes, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 19h00, e aos sábados, das 14h00 às 19h00.
Nascido em Parral, Chile, em 12 de julho de 1904, Pablo Neruda começou a publicar em idade muito jovem no jornal “A Manhã”, quando ainda era estudante na cidade de Temuco. O pseudónimo, inspirado no escritor checo Jan Neruda, foi adotado ainda na adolescência, antes de começar a licenciatura em francês em Santiago do Chile.
Chegado à capital chilena, ganhou de imediato o prémio da Festa da Primavera, com o poema “A Canção da Festa”. “Crepusculário”, de 1923, e “Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada”, de 1924, foram as suas primeiras obras.
“Residencia em la Tierra" (1933), “España em el Corazón” (1937) – escrita por inspiração da guerra civil espanhola e depois de travar conhecimento com o poeta espanhol Federico Garcia Lorca, em Buenos Aires, Argentina –, “Canto General” (1950), “Odas Elementales” (1954), “Cien Sonetos de Amor” (1959), “Memorial de Isla Negra” (1964) e “A Espada Incendiada” (1970) são outras obras suas.
Após dois anos como embaixador em Paris, regressou a Santiago em 1972, já doente, morrendo em 23 de setembro de 1973, 12 dias após o golpe militar que derrubou Salvador Allende, do qual era conselheiro próximo, e instaurou a ditadura militar liderada por Pinochet.