Festival Futurama regressa no Outono de 2024 para 3.ª edição
A 2.ª edição do Festival Futurama terminou no sábado, dia 17 de Junho, em Beja.
Outras localidades da sub-região do Baixo Alentejo, nomeadamente, Mértola (3 de Junho) e Castro Verde (9 e 10 de Junho), juntaram-se ao circuito deste laboratório de experimentação e de cruzamento de diálogos e de gerações, que reuniu mais de 20 artistas, em 15 momentos.
Ao longo de três fins de semana seguidos, o Futurama apresentou propostas que percorreram os universos das artes visuais, da performance e da música.
O projecto inédito Cantexto revelou, ao vivo, em Mértola, Castro Verde e Beja, o mais recente repertório de cante alentejano, a partir de textos de 7 autores portugueses contemporâneos – Joana Bértholo, Richard Zimler, Regina Guimarães, Ondjaki, Isabela Figueiredo, Afonso Cruz e Marta Pais de Oliveira – entoados por 7 grupos de cante – Rosinhas do Loredo, Cantadores de Beringel, Ceifeiras de Pias, Grupo Coral e Etnográfico de Vila Nova de São Bento, Cardadores da Sete, Grupo Coral da Mina de S. Domingos e Grupo Coral da Vidigueira. As novas peças foram musicadas por Ana Santos, Celina da Piedade e Paulo Ribeiro.
Através de propostas que sublinharam o vínculo com a comunidade local, o festival recebeu a bailarina e coreógrafa Clara Andermatt, que dirigiu um workshop para adolescentes residentes do Bairro das Pedreiras, em Beja, a artista Mafalda Matos, que colaborou com estudantes da Escola Secundária de Castro Verde, num trabalho entre a imagem e a performance, ou o encenador John Romão, que criou um projecto performativo, em diálogo com os jovens atletas do Clube Náutico de Mértola.
A ocupar espaços emblemáticos, culturais e naturais das três coordenadas alentejanas elencadas, o Futurama contou ainda com a dupla de artistas multidisciplinares Ana Borralho & João Galante, o Colectivo Til, os Embaixadores Futurama com o performer brasileiro Gustavo Ciríaco, a ceramista e escultora cabo-verdiana Jacira da Conceição, a coreógrafa e dramaturga Lígia Soares, a criadora e intérprete Roxana Ionesco, o dramaturgo e encenador Rui Catalão e o duo brasileiro Trypas Corassão, cujo inesquecível concerto, em Beja, encerrou a 2.ª edição do festival.
Nas palavras do director artístico e programador John Romão, o Festival Futurama “veio reforçar laços entre municípios – Beja, Mértola e Castro Verde – e dentro de cada município, colocando em diálogo artistas de diferentes territórios artísticos, gerações, comunidades e espaços culturais, patrimoniais, escolares e naturais”. “Um entrelaçamento artístico e social desejado, reflexo de um longo trabalho desenvolvido ao longo do ano com vários agentes culturais e que teve no Festival Futurama 2023 o seu momento de partilha e celebração pública.”
O Futurama vai voltar no Outono de 2024, a Beja, Serpa, Mértola, Castro Verde e Vidigueira, para, na sua 3.ª edição, “oferecer ao público experiências de inegável qualidade e experimentação artística, centrando-se em projectos inéditos encomendados e estreados no festival”.
A 2.ª edição do Festival Futurama contou com o financiamento da Direcção Geral das Artes/Ministério da Cultura da República Portuguesa, Câmara Municipal de Beja, Câmara Municipal de Castro Verde e Câmara Municipal de Mértola, o apoio estratégico da Fundação Millennium BCP e o alto patrocínio da Presidência da República. E ainda com as parcerias do Museu Regional Rainha D. Leonor/Direcção Regional de Cultura do Alentejo, Santa Casa da Misericórdia de Beja, Instituto Politécnico de Beja, O Espaço do Tempo, Agrupamento de Escolas Nº1 de Beja, e Agrupamento de Escolas de Castro Verde.