Mt. Roshi lança disco "Não Vá o Diabo Apetecê-las" e anuncia concerto de lançamento
Último single saiu no dia 15 de Março de 2024
A banda Mt. Roshi apresenta hoje o álbum de estreia ‘Não Vá o Diabo Apetecê-las’ e anuncia concerto de lançamento no dia 6 de Abril no BOTA, em Lisboa.
Este álbum é o resultado de um esforço colectivo de composição em diálogo aberto, que se apresenta como uma expressão de partilha e crescimento, intercalando entre o cansaço e a euforia, com influências do hip-hop, indie rock, punk, jazz e fusão.
"Não Vá o Diabo Apetecê-las" mergulha nas complexas dinâmicas mentais do quotidiano, marcado pela transição entre a juventude e a vida adulta. Através de uma série de trocadilhos com expressões populares da língua portuguesa que fazem referência ao diabo, as músicas do álbum exploram o esforço de adaptação do sujeito poético a uma maior consciência, especialmente no contexto pós-pandemia que nos forçou a olhar para dentro de nós mesmos, sem distracções externas.
Utilizando o símbolo do diabo como metáfora para os processos mentais, como ansiedade e depressão, e a sua influência na busca de individualidade no mundo contemporâneo, a música desafia a noção de uma dicotomia entre juventude e vida adulta. Ao invés disso, aborda questões universais através dos olhos de um jovem sujeito poético imerso num mundo que exige maturidade, estabilidade e conformidade, muitas vezes à custa da autenticidade e da jovialidade.
"Não Vá o Diabo Apetecê-las" incorpora a linguagem musical característica da banda, desenvolvida ao longo de uma amizade duradoura. Essa linguagem serve como uma ferramenta de comunicação terapêutica diante das incertezas do ambiente circundante e do crescimento pessoal dos integrantes.
Ao longo do álbum, são explorados temas como a rotina e a repetição (‘Ruivo Dourado’), o evitamento face a ciclos viciosos (‘Viscosa’ e ‘Salva Maria’), a ansiedade e o desapego irónico às questões sociais (‘Sporto’), o isolamento depressivo (‘Véu’ e ‘Despertador’), a luta com a inércia e a dificuldade na determinação do Eu (‘Olá’ e ‘Antes de Ires’), e a amizade, a abertura e a partilha como terapia face a todos estes dilemas (‘Advogados do Diabo’) como forma de enfrentar os desafios da vida. O projecto é uma representação musical de uma conversa entre amigos, onde são explorados os dilemas, inquietações e processos mentais que caracterizam o dia a dia.
Com a alternância entre duas vozes masculinas (João Melo e Francisco Teixeira), apoiadas por uma voz feminina (Carolina Monteiro), o álbum constrói um único sujeito poético ao longo de sua narrativa. Cada voz lírica contribui para a formação desse sujeito poético, representando as idiossincrasias artísticas, emocionais e intelectuais dos membros da banda, e resultando em uma representação vívida e autêntica das experiências compartilhadas e desafios comuns da vida.
FICHA TÉCNICA
Letras – João Melo, Francisco Teixeira
Composição – Mt. Roshi
Bateria – Ricardo Oliveira
Guitarra, Voz – João Melo
Baixo, Voz – Francisco Teixeira
Voz - Carolina Monteiro
Teclados (Véu) – Tom Maciel
Synths – Mt. Roshi
Captação, Mistura – Bernardo Ramos
Produção – Mt. Roshi, Bernardo Ramos
Masterização – Guilherme Simões
Capa – Leonor Salavisa Teixeira
O disco é distribuído pela One Level Up.
Concerto de lançamento
6 Abril 2024
21h00
BOTA, Lisboa
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Quem são os Mt. Roshi
Formada em 2017, a banda Mt. Roshi é composta por três amigos de infância: Ricardo Oliveira (bateria), João Melo (guitarra, voz e teclados) e Francisco Teixeira (baixo e voz).
Desde 2012 que vêm a trabalhar a sua química musical, sempre reflectindo cada fase dos seus diferentes percursos pela música e pela vida. Após o regresso de João Melo a Portugal em 2017 desenvolvem o seu EP de estreia (‘Mt. Roshi’), lançado em 2019 no contexto da formação em Produção Musical na ETIC, reflexo das influências partilhadas do lofi e psicadélico.
Desde aí, procuraram explorar uma linguagem própria, intersecção dos gostos abrangentes de cada um dos músicos e da sua abordagem pessoal.
O álbum de estreia (‘Não Vá o Diabo Apetecê-las’) é fruto dessa evolução. Esforço coletivo de composição em diálogo aberto, ‘Não Vá o Diabo Apetecê-las’ irá apresentar-se como uma expressão de amizade e crescimento, saltando entre o cansaço e a euforia e incorporando notas do hip-hop, indie rock, grunge, lo-fi, jazz (o alternativo em si).
Biografia dos músicos
Ricardo Oliveira (25 anos) começou a tocar bateria quando tinha 10 anos. Ao longo de 15 anos completou a sua formação académica no Hot Clube de Portugal, Conservatório de Cascais e em 2023 licenciou-se no curso de Jazz da Escola Superior de Música de Lisboa. Nas instituições por onde passou teve aulas com bateristas como Bruno Pedroso, André Sousa Machado, Michael Lauren, Joel Silva, entre outros. Esteve envolvido com outros músicos/professores como Margarida Campelo, Bruno Pernadas, Mário Delgado, Filipe Melo, André Fernandes e Pedro Moreira.
No ano 2015 começou a tocar profissionalmente ao entrar no projecto Chinaskee. Entre 2018 e 2019 juntou-se a mais três projectos (Mt. Roshi, Cíntia e Polivalente) e começa a trabalhar como freelancer. Até ao dia de hoje Ricardo teve a oportunidade de trabalhar com nomes como Miguel Ângelo, Filipe Sambado, Primeira Dama, Vaiapraia, Luís Catorze, Bernardo Tinoco, Galgo, Afonso Pais, Tom Maciel, Rezmorah, entre outros.
Editou vários discos com os projectos dos quais faz parte. São de notar “Malmequeres” e “Bochechas” de Chinaskee e “Sítio” dos Cíntia, tocando em salas e festivais emblemáticos de Portugal e também no estrangeiro.
Em 2018 começou a dar aulas particulares de bateria, e em 2023 tornou-se professor na Academia de Guitarra, Música de Tecnologia em Algés.
João Melo (guitarra, voz e teclados) é formado na ETIC em Produção Músical e faz parte de Samambaia e Clarabóia. Oscilando entre guitarra elétrica e acústica, baixo, bateria, sintetizadores e voz, incorpora essa abordagem multi-instrumentalista em projectos a solo e na produção de outros artistas.
Francisco Teixeira (baixo e voz), autodidata, completa o trio. Dividindo a atenção entre a investigação académica (encontrando-se a realizar um PhD em Direito) e a expressão musical, apoiou-se na aprendizagem com os músicos que o rodeavam e que promoviam uma abordagem intuitiva e pessoal aos instrumentos.