"Pai" dos Dinossauros homenageado no Pavilhão do Conhecimento
O público e os meios de comunicação social tratam-no carinhosamente por “Pai” dos dinossauros e não há quem não conheça a vida e a carreira de investigador de António Galopim de Carvalho. No próximo dia 31 de Janeiro, terça-feira, às 18.30, o Pavilhão do Conhecimento celebra a vida e a extensa obra do reconhecido geólogo, convidando o público a embarcar numa viagem que ligará o presente, o passado e o futuro da Geologia e da Paleontologia.
No Auditório José Mariano Gago serão partilhados registos fotográficos da vida pessoal e profissional de Galopim de Carvalho e a sua extensa colecção bibliográfica. Segue-se a exibição do vídeo “Uma vida gravada na pedra”, centrado na carreira do geólogo, e um debate sobre a preservação do património geológico e paleontológico português. Participam Conceição Freitas (docente do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) e o paleontólogo Octávio Mateus (docente do Departamento de Ciências da Terra da NOVA School of Science and Technology, FCT NOVA), ambos colegas e antigos alunos de Galopim de Carvalho. A este painel juntam-se dois jovens entusiastas da Paleontologia: a Miriam, 6 anos, e o Diogo, com 13 anos.
A fechar com chave de ouro a cerimónia… tem a palavra o homenageado. A audiência será conduzida por histórias e episódios das (várias) batalhas científicas travadas por Galopim de Carvalho contadas, seguramente com emoção, pelo próprio.
Nascido em Évora em Agosto de 1931, António Marcos Galopim de Carvalho (91 anos) é professor catedrático jubilado pela Universidade de Lisboa. Licenciou-se em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e doutorou-se em Geologia, na mesma instituição. Em 1961 iniciou a carreira de ensino.
Ao longo dos últimos 30 anos, acumulou as funções de director do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, no qual dirigiu diversos projectos de investigação nas áreas da Paleontologia dos Dinossáurios e de Geologia Marinha.
É autor de 21 livros científicos, pedagógicos, de divulgação científica, de ficção ou memórias, e assinou mais de 200 trabalhos em revistas científicas e mais de 150 artigos de opinião em defesa da Geologia e do património geológico.
Em 1986 deu início à mediática "Batalha de Carenque", que levou ao recuo no traçado da construção da CREL, evitando a destruição de achados paleontológicos com mais de 90 milhões de anos. Ultrapassado esse desafio, as pegadas de dinossauro de Carenque foram deixadas ao abandono, até que uma providência cautelar, interposta em 2020, veio exigir a limpeza e vigilância do local, um ano depois. Mais recentemente, Galopim de Carvalho tem lutado para colocar os trilhos de pegadas de sáurios de Ourém na primeira linha da Paleontologia mundial.