Póvoa de Varzim quer assumir-se como centralidade marítima

Póvoa de Varzim quer assumir-se como centralidade marítima
Foto: DR

Realizou-se, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a primeira Aula Aberta do Curso de Especialização em Estudos do Mar, Estratégia e Segurança Global, ministrada pelo Almirante Silva Ribeiro.

 

Em representação do Executivo Municipal, a Vereadora Andrea Silva deu as boas-vindas a todos os presentes e transmitiu que esta é a primeira edição de uma iniciativa pioneira a nível nacional conjunta do Município da Póvoa de Varzim, Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e Marinha Portuguesa.

 

A Vereadora, e também aluna deste Curso, salientou que o Município fez um grande esforço para o tornar o mais inclusivo possível, abrindo-o a todos os interessados em saber mais sobre este tema, tendo ou não formação superior. É um Curso abrangente tendo em vista a potencialização do mar, um gerador de valor ao nível da economia, investigação e desenvolvimento, ambiente, desenvolvimento sustentável, tecnologia, recursos e segurança e protecção marítima.

 

O orador convidado desta aula aberta, que se inseriu no módulo Economia e Desenvolvimento Sustentável coordenado por Miguel Marques, começou por dedicar a sua aula a dois amigos poveiros, que já partiram, mas cuja ligação ao mar é inegável: José de Azevedo e Mestre Festas.

 

O Almirante Silva Ribeiro dedicou-se a fazer uma explanação sobre “A estratégia de apropriação dos oceanos”, um fenómeno de extrema importância para Portugal, mas que não é novo e remonta ao tempo dos Romanos. O antigo Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas advertiu para a necessidade de despertar a mentalidade marítima dos portugueses e apresentou os novos desafios estratégicos que a visão realista e a visão idealista apresentam da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM).

 

Para o distinguido como Cidadão Poveiro desde 2018, a resposta de Portugal aos novos desafios estratégicos deve centrar-se na mentalidade e vontade marítimas robustas, política externa e diplomacia hábeis no mar, política marítima mobilizadora do poder nacional, conhecimento científico, capacidade tecnológica, actividade económica relevante no mar e capacidade de afirmação da autoridade do Estado no mar. “Só assim Portugal conseguirá uma delimitação justa dos espaços marítimos”, preveniu o Almirante, insistindo na “falta de foco do nosso país na estratégia marítima”.

 

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