Sinfonietta de Ponta Delgada apresenta Sinfonia n.º 25 de Mozart

Sinfonietta de Ponta Delgada apresenta Sinfonia n.º 25 de Mozart

No próximo domingo, 20 de Dezembro, às 17 horas, a Câmara Municipal de Ponta Delgada transmite um concerto da Sinfonietta de Ponta Delgada que, sob a direcção musical de Marco Ferreira, apresenta a Sinfonia n.º 25 de Wolfgang Amadeus Mozart - uma das suas obras mais conhecidas e aclamadas.

A transmissão será feita nas redes sociais e website da Câmara Municipal de Ponta Delgada, numa iniciativa da Câmara Municipal de Ponta Delgada que conta com a produção da Quadrivium - Associação Artística e com o apoio institucional da República Portuguesa - Cultura/Direcção-Geral das Artes e da Direcção Regional da Cultura dos Açores.

Celebrizada pela utilização do seu primeiro andamento no filme Amadeus, de Milos Forman, a Sinfonia n.º 25 foi composta em 1773, quando Mozart tinha apenas 17 anos, e foi escrita em sol menor, uma tonalidade comummente utilizada em obras ou momentos mais dramáticos. No final do século XVIII, encontramos referência a três movimentos de composição, sendo eles o Estilo Galante, o Sturm und Drang (que se traduz em “tempestade e ímpeto”) e o Empfindsammer Still (de carácter mais bucólico).

Esta obra é claramente um produto do segundo movimento, o que, aliás, só vem a dar mais ênfase à tonalidade escolhida pelo compositor. Segundo D.J. Grout e C.V. Palisca, “é uma peça notável, não só pelo seu carácter intenso e sério, como também pela unidade temática e pelas proporções formais mais amplas, em comparação com as anteriores sinfonias de Mozart”. Contudo, continuamos a sentir a presença dos seus inconfundíveis temas, que prontamente remontam o ouvinte para um cenário indubitavelmente operático.

Além disso, a capacidade inventiva deste compositor é tão rica que, por vezes, dispensa a secção de desenvolvimento no meio do primeiro andamento das suas obras (habitualmente escritos em forma sonata) e insere material inteiramente novo. Alguns dos aspectos mais notórios desta obra residem, por um lado, na utilização do timbre instrumental como elemento inovador em relação às convenções da época, e, por outro, no uso do ritmo como força motriz e geradora do ímpeto da obra.