Theatro Circo e gnration com direcção artística única
O programador Luís Fernandes passa, a partir de 17 de Julho, a ser o responsável pela Direcção Artística da Empresa Municipal Teatro Circo de Braga, coordenando uma equipa multidisciplinar responsável pela estratégia e programa artístico do gnration e do Theatro Circo.
A empresa municipal Teatro Circo de Braga, EM SA inicia uma nova fase de programação cultural na cidade de Braga, tendo em conta o novo ciclo que se abre com Braga 2025 Capital Portuguesa da Cultura e se inscreve na execução da estratégia cultural Braga 2030.
Este novo ciclo exige alterar a estrutura orgânica ao serviço da programação artística de toda a Empresa Municipal, passando a contar com uma direcção artística única, que coordenará uma equipa de programação responsável pela estratégia e programa artístico dos equipamentos culturais Theatro Circo e gnration.
Esta direcção unificada não descurará a autonomia de cada uma das estruturas, antes mantendo e reforçando a complementaridade dos respectivos perfis e, ao mesmo tempo, garantindo uma mais efectiva articulação entre ambos os espaços, assim procurando reforçar o envolvimento da cidade e da região nos seus programas artísticos.
Conciliando uma aposta com provas dadas com uma ambição de renovação, a escolha para a liderança deste novo modelo recaiu em Luís Fernandes, actual director artístico do gnration, que assumirá este seu novo mandato de 4 anos a partir de 17 de Julho.
A nova equipa de programação, cuja definição e estrutura será apresentada em devido tempo, trabalhará a estratégia e programa para o quadriénio 2024-2027. O ano de 2024, com programa já parcialmente definido em ambas os espaços, será um ano de transição para uma nova lógica organizacional e programática, que entrará em vigor de forma efetiva em 2025, ano em que a cidade de Braga assumirá o título de Capital Portuguesa da Cultura.
Ao longo da última década, Luís Fernandes foi responsável pela construção de um lugar de referência nacional e internacional que o gnration ocupa hoje, assumindo também em paralelo a direcção artística do festival de música electrónica e arte digital Semibreve, função que cessará no final do próximo mês de Outubro.
Para Luís Fernandes “o convite representa um desafio único para pensar uma estratégia programática de complementaridade entre ambas as estruturas, assente no trabalho de uma equipa diversa e multidisciplinar”. Luís Fernandes enaltece ainda "a confiança da empresa municipal neste momento de restruturação da sua estrutura", esperando "contribuir da melhor forma para que se possam atingir os objectivos da estratégia cultural Braga 2030".
Nota Biográfica de Luís Fernandes:
Luís Fernandes (1981), programador cultural e músico natural de Braga, é Mestre em Estudos Museológicos e Curatoriais pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e está umbilicalmente ligado à direcção artística de algumas das iniciativas mais transformadoras do panorama cultural da cidade de Braga dos últimos 15 anos, tais como o festival Semibreve, o gnration ou a bienal de arte e tecnologia Index. É Professor Auxiliar Convidado na Universidade do Minho, onde lecciona na Licenciatura em Artes Visuais e no Mestrado em Media Art, e foi orador convidado em instituições como Berklee College of Music, Elektra Montreal, Eurosonic Noorderslag, Ars Electronica, MAAT, Serralves, Universidade Católica Portuguesa – Escola das Artes ou ESMAE. A sua atividade tem sido desenvolvida também internacionalmente, sendo o único elemento português no comité de curadores da plataforma europeia EMAP (European Media Art Platform) ao lado de representantes de instituições como Ars Electronica (Linz), LABoral (Gijón), Onassis Stegi (Atenas), e da rede Re-imagine Europe, ao lado de estruturas como MACBA (Barcelona), INA GRM (Paris), Sonic Acts (Amesterdão) ou Disruption Network Lab (Berlim).
Comissariou trabalhos a um conjunto de artistas incontornáveis nos domínios do som, imagem e cruzamentos disciplinares, tais como Phill Niblock, Florian Hecker, Mark Fell, Beatriz Ferreyra, Ryoichi Kurokawa, Tarik Barri, Hans-Joachim Roedelius, Jim O’Rourke, Oliver Coates, Laurel Halo, Keith Fullerton Whitman, Sarah Davachi, Salomé Lamas, AGF ou Zimoun.
Enquanto músico tem desenvolvido trabalho a solo e como membro de múltiplos projetos, nacional e internacionalmente.