Uma ópera em miniatura promete inspirar e encantar os mais pequenos
Logo após a estreia em Loulé, “O Anel do Unicórnio - Uma Ópera em miniatura” viaja até Guimarães para encantar miúdos e graúdos e provar que a ópera não tem idade. Para além de sessões dirigidas às escolas entre 25 e 26 de novembro que já se encontram esgotadas, haverá uma sessão especialmente dedicada às famílias no dia 27 de novembro, sábado, às 16h00, no Grande Auditório do CCVF.
Com libreto de Ana Lázaro, música de Martim Sousa Tavares e encenação de Ricardo Neves-Neves, “O Anel do Unicórnio” é uma criação totalmente original que pretende inspirar e incentivar os mais novos a começarem a apreciar a ópera. Segundo Martim Sousa Tavares, esta peça “vai abrir portas” à exploração deste género musical para os mais pequenos, que com este “contacto muito mais leve, divertido e com uma janela aberta muito convidativa”, estarão mais aptos a admirar a ópera. Este foi, de facto, o maior desafio na escrita do libreto, de acordo com Ana Lázaro: “o principal desafio foi o facto de ter criado uma linguagem para crianças, sendo que a ópera tem uma linguagem muito própria.”
Dirigido às crianças a partir dos 6 anos de idade, o espectáculo conta a história de Pedro Patê, um rapaz enfadado pela sua invulgar sorte: filho de dois cantores de Ópera, vive ele próprio dentro de uma Ópera que nunca acaba, com a música de fundo de uma Orquestra que pauteia cada gesto que faz. Aborrecido com esta condição e farto de ouvir ininterruptamente árias, cavatinas, intermezzos e afins (imagine-se o que é ser-se acompanhado por uma Orquestra quando se quer simplesmente ler um livro de Banda desenhada, tomar banho, ou fazer chichi), ou de ser arrastado para aventuras épicas ou intrigas e tropelias pelo seu pai Bellini Bel Canto (um ex-barbeiro em Sevilha) e a sua mãe Faustina Balão, uma verdadeira Diva barroca (não confundir com “diva barroco”, algo que a deixará muito zangada), Pedro Patê sonha com a possibilidade de vir a ser Ilusionista e descobrir o truque que roube as cantorias das bocas da sua família apenas com um estalar de dedos. Até que um dia, o gato de estimação de Faustina Balão, Don Giovanni al Latte, desaparece misteriosamente. Precisamente no dia em que Bellini Bel Canto e Faustina Balão celebram as Bodas de Prata. E assim Pedro Patê descobre que, ao contrário do que previa, na ópera não há limites para o imprevisto.