3ª edição da Bienal de Fotografia do Porto apresenta Actos de Empatia em 14 locais da cidade

3ª edição da Bienal de Fotografia do Porto apresenta Actos de Empatia em 14 locais da cidade
Fotografia: D.R.

A Bienal de Fotografia do Porto vai decorrer de 18 de Maio e prolongar-se até dia 2 de Julho por vários espaços expositivos da cidade do Porto. A 3ª edição da Bienal irá apresentar mais de 70 artistas e 14 curadores de 27 países. “Actos de Empatia” é o tema da edição 2023 e além das exposições haverá mais de uma centena de actividades dedicadas ao público em geral, escolas e às famílias.

A terceira edição da Bienal Fotografia do Porto, intitulada ‘Atos de Empatia’, centra-se na reflexão sobre os paradigmas da actualidade e na reimaginação de um futuro regenerativo. Os co-directores artísticos da Bienal’23, Jayne Dyer e Virgílio Ferreira, referem que o tema desta edição - “Atos de Empatia”, procura afirmar a capacidade coletiva e individual para sentir, colaborar e impulsionar mudanças por meio de actos artísticos que promovem relações saudáveis entre indivíduos e grupos. Esta edição propõe um modelo intervencionista de casos de estudo enquadrados nos núcleos SUSTENTAR, VIVIFICAR, EXPANDIR e CONECTAR, que cruzam perspectivas globais e locais, reunindo 70 artistas e 14 curadores de 27 países.

Todos os núcleos contam com uma abordagem diferente. Enquanto o SUSTENTAR Lab explora temas de sustentabilidade urbana e regional, o VIVIFICAR, por meio das residências artísticas com comunidades, questiona e desafia uma das questões mais prementes em territórios de baixa densidade: a fixação de populações. Uma vez que estes dois núcleos pedem soluções e acções concretas, EXPANDIR oferece uma dimensão especulativa e experimental apresentando iniciativas académicas e profissionais de cariz socio ecológico para artistas emergentes. Já o CONECTAR impulsiona diferentes ecossistemas culturais e artísticos através do intercâmbio nacional e internacional de projectos expositivos, ideias, e práticas transdisciplinares.

Através da capacidade empoderadora e poética da fotografia e da imagem em movimento, a premissa curatorial tem como objectivo apoiar artistas e curadores que desenvolvem esforços como activistas culturais, questionando as actuais hierarquias assimétricas de populismo e divisão e ao mesmo tempo abraçando o desafio de expor a apatia da não-acção, da desconexão e da destruição dos ecossistemas.

A Ci.CLO, responsável pela organização e produção da Bienal’23, propõe assim uma selecção de projectos experimentais e especulativos sustentados pela participação consciente de artistas em iniciativas comunitárias e ambientais, de forma a estimular actos reparadores e empatia para o futuro.

Espaços como o Centro Português de Fotografia, Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto, Fundação Marques da Silva, Palacete dos Viscondes de Balsemão - Triplex (Museu do Porto), Estação de Metro de São Bento, Museu do Vinho do Porto (Museu do Porto), Panóptico - Centro Hospitalar Conde Ferreira, Pavilhão de Exposições da FBAUP, MIRA FORUM, Salut au monde!, Mala Voadora, ARTES Mota Galiza, P.Artes são os espaços que irão acolher as propostas artísticas de 14 curadores e 70 artistas no Porto.

O acesso às 123 actividades paralelas que irão decorrer pelo Porto é gratuito e estará sujeito à lotação dos espaços. Entre as actividades destacam-se as visitas guiadas para famílias, visitas-oficina, conversas e lançamentos de livros. O espaço central das actividades de mediação da Bienal´23 Fotografia do Porto será o Coreto do Jardim da Cordoaria e irá chamar-se “Semente de Empatia”. O mesmo estará aberto de quarta a domingo. Grande parte das actividades que irão estar disponíveis ao público serão iniciadas nesse espaço, existindo ainda outras propostas para as pessoas realizarem de forma autónoma.