A Morte de Uma Cidade: 5 de Setembro nos cinemas

"A Morte de Uma Cidade", realizado por João Rosas, vai estrear nas salas de cinema portuguesas no dia 5 de Setembro. O filme aborda a transformação de uma cidade a partir do estaleiro de uma obra no Bairro Alto, em Lisboa, em que uma antiga tipografia dá lugar a apartamentos de luxo. 

"É um filme construído por camadas, como uma cidade, um diário urbano lisboeta em que através do quotidiano de um estaleiro de obra me proponho contar a história da minha cidade nos últimos dez anos. (...) A minha relação afectiva com a cidade não é destrinçável das condições objectivas que a foram enformando e que levaram a este filme concreto. Como tal, certas questões fundamentais da contemporaneidade vêem-se inevitavelmente problematizadas – as migrações, o pós-colonialismo e o racismo, o trabalho e as relações laborais, a crise económica, a vida urbana e a gentrificação. ", afirma o realizador.

"A Morte de Uma Cidade", que estreou em 2022 no festival DocLisboa, tem sido exibido por dezenas de festivais de todo o mundo e recebeu o Prémio de Melhor Documentário Doc Alliance, galardão atribuído por vários festivais europeus. Em Portugal, foi premiado pela Sociedade Portuguesa de Autores com o Prémio de Melhor Filme 2023.

Com produção da Terratreme, esta é a primeira longa documental de João Rosas, que anteriormente realizou as curtas-metragens “Catavento” (Melhor Curta-Metragem - BAFICI, Argentina 2021), “Maria do Mar” (Melhor Curta Metragem no Curtas Vila Do Conde 2015, Melhor Curta Metragem Internacional no Olhar de Cinema - Curitiba IFF 2016) e “Entrecampos” (2013).

A Morte de Uma Cidade

Documentário | HD | 116´ | Terratreme Filmes (Portugal)

SINOPSE

No coração do Bairro Alto, mesmo no centro de Lisboa, o edifício de uma antiga tipografia é demolido para dar lugar a apartamentos de luxo. Vendo isto como uma imagem perfeita da morte de uma certa Lisboa no rescaldo da crise financeira e do crescimento imobiliário e turístico exponencial que se lhe seguiu, o realizador filma um diário urbano que retrata o quotidiano do estaleiro de obras e os que aí trabalham. O que começa por ser um filme centrado no trabalho acaba por ser a história da relação do realizador com a sua terra natal e com as pessoas que a construíram.

FICHA TÉCNICA 

COM Armando Correia, José Rosa, Nicolas Dalibot, Calisto Belchior, José Francisco, Ismael Alves, Aliou Ba, António Melo, Amâncio Espírito Santo, José Carlos, Rui Santos, Henrique João, Primos Sing, Ussumane Darame, Fernando Pina, Rangel Leal, Mohamadu Saliu Bah, Paulo Vicente Vaz, Carlos Marques, Mamasamba, Armando Melo, Mamadu Banjai, Jorge Silva, Armando Balanta, Mário Jaura, Alcides Vieira, Ran Murti

REALIZAÇÃO, TEXTO E IMAGEM João Rosas

MONTAGEM Raul Domingues, João Rosas 

ASSISTENTE DE MONTAGEM Pedro Teixeira 

MONTAGEM DE SOM E MISTURA Nuno Carvalho 

COLORISTA Paulo Menezes aip