Anunciada a programação completa do Nascentes 2023
Apresenta-se o programa completo e o alinhamento diário da edição de 2023 do Nascentes. A aldeia das Fontes (Leiria) volta a receber, entre os dias 28 de Junho e 2 de Julho, actividades multidisciplinares que abraçam a natureza e o património partilhado da comunidade local.
Prova disso mesmo é a estreia do Museu do Comum, uma exposição que se propõe representar, de forma viva, as trocas afectivas e as aprendizagens que formam a experiência e vivência da aldeia em comum.
Resultado de um trabalho de co-criação entre artistas visuais e a população da aldeia, o Museu do Comum reúne e apresenta relatos, paisagens sonoras, objectos, materiais e ferramentas, procurando uma visão contemporânea sobre o património e um diálogo constante com a população e abrindo caminho a novos futuros colectivos.
Os trabalhos de criação do Nascentes integram ainda duas residências de criação musical. A primeira reúne Carincur e João Pedro Fonseca ao Coro das Fontes (coro constituído por habitantes da aldeia). O resultado desse trabalho focado na voz e na performance, com recurso a ferramentas digitais e tecnológicas, conduz as vozes locais para uma amplitude espectral, numa construção onde a improvisação e a tradição semeiam uma apresentação singular.
A segunda cruza o baterista Ricardo Martins e o multi-instrumentista e compositor Dada Garbeck com o Trio de Percussão, composto pelos músicos leirienses: Francisco Vieira (marimba), António Casal (vibrafone) e João Maneta (baterista residente na própria aldeia).
Estas co-criações juntam-se à já anunciada dos Ligados às Máquinas, num concerto único que celebra os 10 anos de existência do projecto e que abre a programação do Nascentes.
No plano dos concertos, aos já anunciados Cabrita, Kriol, Lavoisier e ZA! & TransMegaCobla, junta-se a música sem rótulo dos Ayamonte Cidade Rodrigo, a psicadelia de inspiração turca dos Dolu, o “rainforest futurism” dos Gala Drop, os ritmos vibrantes do Brasil de Jhon Douglas, o experimentalismo de Joana Guerra, o funk anatólio dos Lalalar, a revista às canções e memórias da liberdade dos Mais Alto! e o xamanismo rock de Vurro.
Fica ainda o destaque para o vasto programa de oficinas e actividades infanto-juvenil que se propõe a construir lugares de partilha, descoberta, imaginação e brincadeira para os mais novos, assim como para as caminhadas sonoras orientadas pelo artista sonoro Luís Antero, que dará ainda um Concerto para Olhos Vendados.
No encontro com a aldeia das Fontes, com a sua associação e os seus bons garfos, o Nascentes lança ainda convite para uma Jantarada d’Aldeia (actividade sujeita a inscrição e pagamento) e para os Discos & Petiscos (os melhores sabores com a melhor banda sonora).
Tendo como ponto de partida a ideia de que a integração e desenvolvimento social têm, na sua base, um trabalho de encontro com as pessoas, os lugares e os hábitos, o Nascentes apresenta uma programação que relaciona artistas e espaços, natureza e criação, rasgo e tradição. Promove-se uma reflexão sobre a natureza nas suas diversas formas, que questiona o modo como nos relacionamos com o outro, a arte e a cultura, a paisagem e, também, como nos transformamos através dessas relações.
O Nascentes é uma iniciativa da CCER MAIS, CRL / Omnichord desenvolvida em estreita parceria com os habitantes das Fontes e a Associação Cultural e Recreativa Nascentes do Lis. Conta com a Fundação Millennium bcp como mecenas principal dos programas de residências de criação e actividades infanto-juvenis e com o co-financiamento do Governo de Portugal – Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes e o apoio do Município de Leiria.
As actividades do Nascentes são todas gratuitas, à excepção da “Jantarada D’Aldeia”, e sempre limitadas à lotação existente.