‘Armazéns Pessoais’, oficina de criação com adolescentes, transforma-se em performance colectiva no término do Programa Público da exposição “Fabriqueta”

‘Armazéns Pessoais’, oficina de criação com adolescentes, transforma-se em performance colectiva no término do Programa Público da exposição “Fabriqueta”
Fotografia: D.R.

Entre a próxima terça 4 e sábado 8 de Julho, das 14h30 às 17h00, decorre no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) a oficina ‘Armazéns Pessoais’, dedicada a conhecer que histórias nos contam os adolescentes a partir da “Fabriqueta”, de Eduardo Matos: uma instalação, uma arquitectura, um espaço criado e construído num contexto de exposição. Algo que é também parte do imaginário popular que se torna num recurso em potência para usos inesperados.  

A partir deste ponto comum, imaginação artística e imaginação informal, os artistas Max Fernandes e Eduardo Matos desenvolvem uma oficina de criação com adolescentes que resulta numa performance coletiva (8 Julho, 18h00), activando, através do corpo do adolescente, a experiência de explorar estruturas no território industrial próximo de casa. Esta actividade do CIAJG, com colaboração da Academia de Bailado de Guimarães, tem participação gratuita mediante inscrição online em www.ciajg.pt. 

A exposição "Fabriqueta", de Eduardo Matos, patente no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), labora com um Programa Público desde 25 de Março, com curadoria de Inês Moreira, em que se produzem evidências e ampliam sentidos e imaginários sobre territórios desindustrializados.  

Esta exposição individual do artista visual Eduardo Matos, cria e opera uma pequena construção que, através de uma instalação composta por objectos, desenhos, performances e oficinas comunitárias, activa o piso inferior do CIAJG. O corpo de trabalho de Eduardo Matos tem dimensão arqueológica, a escavação, a recolha e a mostra de vestígios dos lugares que observa é instalada com acurada criação de desenhos, objectos e elementos correntes compostos em engenhosas instalações. A preocupação com o trabalho, a política, a economia e a vida cívica levaram, também, o artista a envolver-se com a organização das próprias condições de trabalho, a criar espaços de produção e de exibição em locais que, como as fabriquetas, oferecem alternativas à produção e resistem à padronização. 

No âmbito desta mesma exposição e do respectivo Programa Público iniciado a partir do momento da sua inauguração, decorreram já várias iniciativas, como são exemplo a uma ‘Visita da Comitiva às instalações’ (com Eduardo Matos e Inês Moreira); uma ‘Oficina de Visibilização’ (alunos do IPCA com Miguel Oliveira e Inês Moreira); uma activação da exposição por alunos do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e o mesmo Miguel Oliveira após um mês de oficinas e de trabalho artístico em volta da obra e da exposição de Eduardo Matos; a caminhada ‘Saída dos Trabalhadores’ (com Eduardo Matos, Ludgero Almeida, Max Fernandes e Pedro Bastos) seguida da conversa aberta ‘Operários, Artistas e Espaços no Vale do Ave’ (com participação de Mariana Rei, Pedro Bastos e Eduardo Matos); e ainda a ‘Oficina de Voz e Trabalho’ (com Eduardo Matos e Max Fernandes), uma oficina de criação coletiva amplificada pelas vozes de elementos do coro Outra Voz. 

Chegados agora ao último ponto deste Programa Público com a oficina ‘Armazéns Pessoais’, é altura de convidar adolescentes dos 12 aos 16 anos de idade a participar, sozinhos ou em grupo, partilhando e contribuindo com as suas experiências e visões inspiradas nesta “Fabriqueta” e todas as matérias e imaginários que a envolvem e para ela remetem. Esta oficina de criação com adolescentes, que conta com a colaboração da Academia de Bailado de Guimarães, tem lugar no CIAJG de 4 a 8 de Julho, das 14h30-17h00, resultando numa performance coletiva, a ser apresentada no dia 8 Julho, às 18h, no mesmo local. A participação na oficina é gratuita, mediante inscrição prévia através de formulário disponível online em www.ciajg.pt. E o acesso para assistir à performance final é igualmente gratuito, até ao limite da lotação disponível. 

De referir que exposição "Fabriqueta” conta com a parceria do Lab2PT (Laboratório de Paisagens, Património e Território da Universidade do Minho), do IPCA (Instituto Politécnico do Cávado e do Ave) e do CAAA (Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitectura). 

E de recordar também que o principal centro dedicado às artes visuais em Guimarães tem actualmente patentes duas exposições para além da "Fabriqueta”. Assim, podemos igualmente conhecer e visitar outros mundos no CIAJG através das exposições "Interminável", de Artur Barrio – figura chave na arte contemporânea que ocupa um lugar central na história da arte brasileira – com curadoria de Luiz Camillo Osório e Marta Mestre, e "Heteróclitos: 1128 objectos", que ocupa todo o piso 1 do museu e que expõe a totalidade da colecção do CIAJG, composta por arte africana, europeia, pré-colombiana e chinesa antiga, e obras de José de Guimarães. 

As várias exposições do CIAJG podem ser visitadas por público de todas as idades de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h00, e ao sábado e domingo, das 11h00 às 18h00, encontrando-se a informação respeitante às mesmas e respectiva programação em www.aoficina.pt e www.ciajg.pt.