Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro de Lince Ibérico conta com mais 9 crias
O número de crias vivas no CNRLI( Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro de Lince Ibérico) em 2020 subiu, para 11. Fresa teve 4 crias, Juncia 3 e Juromenha 2. Jabaluna prossegue com os seus cuidados maternais às suas 2 crias nascidas a 6 de abril.
Quinta-feira, 9 de abril, Fresa pariu a primeira de 4 crias que fez nascer em 2020, fruto do seu emparelhamento com o macho Drago. Fresa, uma fêmea com 11 anos e com problemas renais desde 2010, tem sido poupada à reprodução anual com o objetivo de garantir o seu bem-estar. É uma das fêmeas fundadoras do CNRLI, tendo nascido no Centro de Cría de El Acebuche, em Doñana, e ainda assim até à data pariu 20 crias, das quais 10 foram reintroduzidas na natureza. É a sua terceira ninhada de quatro crias que, a desenvolver-se como esperado, poderão elevar a sua contribuição total para a recuperação da espécie na natureza a 14 animais. Drago, macho fundador do CNRLI e nascido em 2007 em El Acebuche, já foi pai de 29 crias no CNRLI. Destas, 14 foram reintroduzidas na natureza, sendo que as 4 nascidas agora poderão elevar a sua contribuição total para 18 crias reintroduzidas na Península Ibérica. Mãe e crias estão bem, estas desenvolvendo-se normalmente.
Sexta-feira, 10 de abril, Juncia iniciou o seu parto que acabaria por resultar em 3 crias, resultantes do seu emparelhamento com Fresco, macho fundador do CNRLI e nascido em 2010 na mesma ninhada da fêmea Fresa. Juncia, nascida no Centro de Cría de La Olivilla, em 2012, chegou ao CNRLI em 2016. É a sua segunda ninhada no CNRLI, tendo produzido 3 crias em 2017, que foram reintroduzidas na natureza. Estas 3 novas crias poderão elevar o seu total para 6 crias investidas na recuperação da espécie no seu habitat natural. Fresco contribuiu já com 25 crias, das quais 16 foram reintroduzidas. Estas 3 novas crias poderão elevar a sua contribuição total para os 19 animais reintroduzidos. Mãe e crias estão igualmente bem, com atividade e desenvolvimento normal.
Sábado, 11 de abril, Juromenha pariu duas crias, fruto do seu emparelhamento com Madagáscar. Juromenha é a primeira fêmea nascida no CNRLI a parir dentro do Programa de Conservação Ex Situ do Lince-Ibérico. É também um dos dois primeiros linces-ibéricos que foram criados artificialmente pela equipa técnica do CNRLI, tendo sobrevivido ao abandono por parte da sua mãe com a irmã Janes, logo após o nascimento em 2012. Biznaga, uma das fêmeas emblemáticas do CNRLI e que terá chegado ao fim da sua vida reprodutiva, aceitou depois ambas as crias para finalizar a sua educação, ensinando ambas as suas filhas a caçar e a comportar-se como um lince-ibérico. As suas duas primeiras filhas sobreviventes já reproduziram dentro do Programa Ex Situ, tendo Juromenha sido responsável pela reintrodução de 3 crias, que poderão entretanto chegar a 5, com as crias nascidas em 2020.