Correspondência Amorosa, leitura coordenada de Rita Lello de 3 a 18 de Dezembro

Correspondência Amorosa, leitura coordenada de Rita Lello de 3 a 18 de Dezembro
Fotografia: D.R.

Esta leitura surge no contexto da Criação O Mal Entendido de A. Camus, encenado por Maria do Céu Guerra. Em 2017 a Gallimard editou Correspondência 1944 – 1959, prefaciada e organizada por Catherine Camus, da obra será extraída uma série de cartas que compõem uma unidade de sentido na relação entre o autor e a atriz.

No dia 19 de Março de 1944, Albert Camus e Maria Casarès cruzam-se em casa de Michel Leiris. A antiga aluna do Conservatório, nascida na Corunha e filha de um republicano espanhol no exílio, tem apenas 22 anos, ele 30. Casarès estreou-se no Théâtre des Methurins enquanto Camus publicava O Estrangeiro na Gallimard. O Escritor vive então sozinho em Paris, afastado da mulher por causa da guerra, comprometido com a Resistência. Impressionado com o Talento da atriz, Albert Camus confia-lhe o papel de Marta na sua peça de teatro O Mal Entendido, em Junho de 1944.

Na noite do Desembarque na Normandia, Albert Camus e Maria Casarès tornam-se amantes. É apenas o prelúdio de uma grande história de amor, que só virá a começar verdadeiramente em 1948.

Até à morte acidental do escritor em Janeiro de 1960, Albert e Maria nunca pararam de escrever uma ao outro, sobretudo durante as longas semanas em que estiveram separados devido aos seus compromissos artísticos e literários e às suas obrigações familiares.  Sobre o pano de fundo das suas vidas públicas e da atividade criativa de ambos (livros e conferências no caso do escritor, a Comédie-Française e as tournées do TNP no caso da atriz), esta correspondência revela a intensidade da sua relação íntima, exprimindo tanto a ausência como a aceitação mútua e a intensidade do desejo, a alegria dos dias partilhados, os trabalhos em conjunto e a busca do verdadeiro amor, da sua formulação perfeita de da sua consumação.

Em cena no Teatro Cinearte 3 a 18 de Dezembro  de 2022

Sábado às 19h30 e Domingo às 15h30

Organização: Rita Lello

Tradução: Rita Lello

Encenação: Rita Lello

Desenho de Luz: Vasco Letria

Operação: Ruy Santos

Sonoplastia e operação de som:  Ricardo Silva

Cenografia: Miguel Figueiredo 

Montagem: Mario Dias, Valentyn Kryvokhyzha, Vasco Lello, José Pato e Miguel Figueiredo

Guarda Roupa: Marta Iria

Assistência de Encenação: Vasco Lello e Teresa Mello Sampayo

Orientação Musical: Maestro António Vitorino d’Almeida

Produção e Secretariado: Inês Costa e João Teixeira

 

Maria – Rita Lello

Albert – Ruben Garcia

Leitor – Samuel Moura