Exposição de arte “Percurso” inaugurada este domingo, no Painho

Exposição de arte “Percurso” inaugurada este domingo, no Painho

Abre oficialmente no Painho (Cadaval), hoje, pelas 15h00, a exposição de arte “Percurso”, que reunirá, num espaço único, dois anos de trabalho artístico do painhense Jaime Rodrigues, enquanto criativo da marca “Sr. Serafim”. Na inauguração, Jorge Romão, outro autor do Painho, proporcionará um momento musical que remeterá o público aos anos 80. Participe, visite!

A mostra estará visitável, até 19 de Dezembro, nas antigas instalações da “Painhense”, em frente à praça da aldeia, diariamente entre as 15h00 e as 19h00. Foi um acaso que levou o autor ao local onde decorre a mostra de arte “Percurso”; o mesmo local onde o Sr. Serafim (Serafim Rodrigues, seu saudoso pai) teve o seu primeiro espaço comercial, no final dos anos 60.

Englobando todos os caminhos e fases atravessadas por Jaime Rodrigues, enquanto artista, “Percurso” marca o fim de um «ciclo que se iniciou por acaso e num acaso termina», revela o próprio. «A evolução anda de mãos dadas com uma permanente insatisfação e a vontade de obter resultados visualmente apelativos, pela utilização de materiais normalmente descurados», explica o autor.

Há dois anos atrás, por mero acaso, ao arrumar antigas moedas de reis, Jaime lembrou-se de procurar uma forma de criar pregadeiras e pulseiras para, nesse Natal, oferecer a familiares e amigos. Deu-se, depois, a constante procura de outros materiais «arrumados» ou obsoletos, mas cuja (re)utilização fosse incomum.

Pelo caminho, surge a marca “Sr. Serafim”. Tal como sustenta, «afinal eram dele as primeiras moedas utilizadas e o local de criação que, sob o olhar atento e aconselhador do painhense Jorge Romão, evoluiu para o Espaço Sr. Serafim».

Jaime Rodrigues revela fascinar-se pelo processo de transformação, sem tutoriais, com experienciação intensa, assente na tentativa e erro. Diz não procurar o belo, nas suas criações, mas sim surpreender-se a si próprio. Através da utilização do pouring sobre madeira, Jaime procura escapar à convencionalidade dos materiais, substituindo as telas por madeira e as tintas acrílicas por tintas de parede, quase na totalidade. «O olhar e o comentário do visitante serão o melhor avaliador», declara o autor.

De sublinhar que dia 5 (domingo), durante a inauguração da exposição, o painhense Jorge Romão proporcionará um momento musical alusivo ao grupo “A bergonha da terra”, que nos anos 80 animou o Painho.

Participe, visite!