MAPS atrai meio milhar de pessoas nos primeiros dias

MAPS atrai meio milhar de pessoas nos primeiros dias

 A sétima edição da MAPS – Mostra de Artes Performativas em Setúbal, a decorrer até dia 19, atraiu mais de meio milhar de espectadores aos eventos do primeiro fim de semana.

 

De exposições e performances a teatro e jogos artesanais e sustentáveis, o primeiro fim de semana do evento organizado pela Câmara Municipal de Setúbal distinguiu-se pela abrangência e diversidade, com cerca de uma dezena de actividades, que reuniram cerca de 550 pessoas.

 

Sexta-feira e domingo, a escultura-forno do argentino Gabriel Chaile em tributo a Alcindo Monteiro, o jovem de ascendência cabo-verdiana assassinado há trinta anos, num crime de ódio racial, apresentou-se na cerca pequena do Museu de Setúbal/Convento de Jesus.

 

A obra foi “activada” com momentos de partilha e reflexão a envolver a comunidade, mas também comida, como empanadas e cachupa, música de Freireanas Guerreiras, e dança por jovens da Bela Vista, no âmbito do projecto Ficar no Papel, com direcção artística de Inês Oliveira e Carlota Oliveira.

 

No sábado, realizou-se “Trilhos de Memórias”, com uma exposição e um percurso performativo pelo Bairro do Troino para celebrar a história, a memória e a força colectiva de uma comunidade que sempre lutou por uma vida melhor.

 

Este evento faz parte do projecto PO.VOAR, dinamizado pela Câmara Municipal Setúbal, com direcção artística e investigação da associação Dar Cor à Vida e o apoio logístico da União das Freguesias de Setúbal, desenvolvido no âmbito do PRR, eixo Comunidades em Acção, através da candidatura OIL – Operação Integrada Local, Coesão Socio-Territorial Através das Margens.

 

O sábado terminou no Fórum Municipal Luísa Todi, com “Terminal (O Estado do Mundo)”, performance sobre as alterações climática pela companhia Formiga Atómica, com encenação de Miguel Fragata e música ao vivo de Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves.

 

Domingo à noite foi a vez de “Terra Cobre”, uma performance de percussão e dança, criada por João Filipe e Marco da Silva Ferreira inspirados na arte chocalheira tradicional.

 

O momento, realizado no espaço A Gráfica – Centro de Criação Artística, culminou com uma conversa moderada por Cláudia Galhós, permitindo aprofundar os gestos, os processos e os significados que sustentam a criação.

 

O fomento da participação e colaboração activa do público com o artista e a obra foi outra das tónicas de um fim de semana que olhou também para os mais novos, com o Mini-MAPS, composto por peças de teatro e jogos e brincadeiras artesanais e sustentáveis no Jardim do Bonfim no domingo à tarde.

 

A programação completa da MAPS, a decorrer em Setúbal até dia 19, pode ser consultada AQUI

 

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