Matthew Herbert e Julian Sartorius com três datas em Portugal em Novembro
Drum Solo é um dos mais recentes projectos de Matthew Herbert com o baterista de jazz suíço Julian Sartorius. Em concerto, como já nos habituou, as máquinas e a partitura de Herbert começarão vazias, todos os seus sons serão feitos através da captação e manipulação da música que Sartorius toca.
Gravado ao vivo num só dia, em Londres, o álbum - que tem em Novembro apresentação em Portugal - tem a percussão de Sartorius como única fonte sonora de todo o trabalho. É a partir dos ritmos do baterista que Herbert transforma ritmos em paisagens sonoras em tempo real, criando um diálogo musical ao vivo. O álbum insere-se no desafio de Herbert: Album in a Day (Um Álbum num Dia), uma série na editora discográfica Accidental, em que todos os passos dados no trabalho - da gravação à mistura final - têm apenas um dia para serem executados e concluídos. O álbum conta com a mistura de Dilip Harris, com edição adicional de Hugh Jones, a quem também foi dado apenas um dia para a entrega do trabalho técnico.
Um aparente solo de bateria (Drum Solo), que se materializa em concerto numa conversação de sons que podem levar-nos do techno rarefeito e frenético, a uma drum battle épica. Sem plano, e em tempo real, Sartorius e Herbert confiam no que um tem a dar ao outro. Em palco veremos um concerto de improviso que resulta de um salto de fé e, que confiamos, que mais não será preciso para nos virar do avesso.
Sobre Matthew Herbert
Matthew Herbert é um músico e produtor que trabalha predominantemente no campo da música electrónica. Conhecido por ultrapassar as convenções associadas ao género, é um dos artistas independentes que causou um impacto considerável nos meios de comunicação social e no público. Enquanto artista discográfico desde 1996, lançou música numa variedade de editoras sob pseudónimos como Doctor Rockit, Wishmountain, Radio Boy, Mr. Vertigo, Transformer, sob o seu próprio nome e com a Matthew Herbert Big Band. Nos últimos anos, atuou em espaços como o festival Jazz de Montreux, no Centro Pompidou de Paris, no Blue Note de Tóquio, no Sonar e em Glastonbury e tocou com Bjõrk no Hollywood Bowl. Além dos mais de dez álbuns de música escrita, produzida e interpretada por si, contribuiu com trabalho de produção para álbuns de Björk e Roisin Murphy e misturou trabalhos de artistas como Moloko, R.E.M., Perry Farrell, Serge Gainsbourg, Yoko Ono, John Cale, The Avalanches e Cornelius. É também proprietário e director da editora discográfica Accidental Records.
Sobre Julian Sartorius
A percussão sempre foi o elemento definidor na vida de Julian Sartorius. Nascido em Thun (Suíça), teve as primeiras aulas de bateria aos cinco anos. Com ritmos que vão além do hip-hop e de uma forma única de electrónica abstrata, Sartorius revela as possibilidades infinitas e o alcance dos seus instrumentos. Julian Sartorius aprendeu com Fabian Kuratli, Pierre Favre e Norbert Pfammatter nas Escolas de Jazz de Berna e Lucerna. Colaborou com Matthew Herbert, Shahzad Ismaily, Sylvie Courvoisier, Dimlite, Merz, Fred Frith, Sophie Hunger, Rhys Chatham e muitos outros, tendo já feito digressões pela Europa, América do Sul, Canadá e EUA. A solo lançou vários álbuns, incluindo a caixa de 12 LPs Beat Diary, composta por 365 batidas e um livro de fotografias.