O município de Coimbra está a proceder a uma intervenção no património arbóreo do Parque de Santa Cruz, mais conhecido por Jardim da Sereia, de acordo com o diagnóstico fitossanitário e biomecânico a todas as árvores do parque que foi encomendado pela autarquia a uma empresa especializada.
A intervenção vai ser realizada de forma a reduzir o risco de rotura dos ramos, que se tem verificado nos últimos dois anos devido a fenómenos climatéricos adversos, como as tempestades “Leslie” (Outubro de 2018), “Elsa” (Dezembro de 2019) e “Glória” (Janeiro de 2020), que levaram também à queda de vários exemplares.
A intervenção passa pela plantação de 14 novas espécies até ao final do ano e de mais 30 durante o próximo ano, pelo desmonte de 12 árvores que apresentavam risco de queda e a manutenção das restantes.
Os estragos provocados por fenómenos climatéricos adversos, nos últimos dois anos, no património arbóreo do Jardim da Sereia, levaram o município de Coimbra, por uma questão de prevenção e preocupação com a segurança de pessoas e bens, a contratar uma empresa de consultoria externa especializada em arboricultura ornamental para avaliar a estabilidade biomecânica e o risco de ruptura do arvoredo nesse espaço verde da cidade.
Foram, então, observados um total de 392 exemplares, de várias espécies e portes, através do método VTA (Visual Tree Assessment), e foram identificadas 121 árvores para realização de uma avaliação complementar. Um estudo que serve, pois, de instrumento de apoio ao desenvolvimento de uma estratégia de preservação e/ou substituição do património arbóreo do parque.
As 121 árvores seleccionadas, que apresentavam presença de sintomas externos de anomalias fitossanitárias e/ou biomecânicas, foram, então, objecto de uma análise de risco individual. Foram identificados os nomes científicos e comuns das espécies, feito um registo fotográfico de cada uma e das evidências externas de defeitos ou anomalias fitossanitárias e/ou biomecânicas, foi registado o porte (tendo em conta a altura, o diâmetro do tronco e pernadas e dimensão da copa) e, quando possível, identificadas as doenças, bem como o seu potencial de perigosidade. As espécies foram categorizadas por risco de ruptura e foi indicado o nível de prioridade de intervenção: curto, médio ou longo prazo.
Na sequência deste diagnóstico e das conclusões e recomendações apresentadas, a Cãmara Municipal iniciou uma intervenção junto de cerca de 50 árvores do Jardim da Sereia, estando previsto o desmonte de 12 espécies, que se encontram em risco elevado e indicadas como de resolução urgente, e manutenção das restantes, através de poda selectiva, de forma a reduzir o risco de ruptura de ramos e pernadas. Este número será compensado com a plantação de 14 novas espécies até ao final do ano e mais 30 durante o próximo ano. As restantes espécies serão alvo de manutenção num período de 12 meses.