Ricardo Rosmaninho e Isabela Sousa reis do Aveiro Bodyboard Invitational 2021
Ricardo Rosmaninho e Isabela Sousa foram os vencedores do Aveiro Bodyboard Invitational 2021, prova especial de bodyboard organizada em São Jacinto, Aveiro e que colocou frente. Frente os melhores 12 atletas do “ranking” nacional masculino mais 4 convidados e 8 atletas femininas (top 6 nacional mais duas convidadas) numa prova com um formato diferente que visava privilegiar o risco e o espectáculo.
Neste formato, os atletas disputavam duas rondas com a melhor onda a contar para uma média que depois facultava o acesso às meias-finais (final directa na competição feminina). Nas meias-finais e finais contava também apenas a melhor onda. O objectivo: incitar os atletas a fazer o surf mais progressivo possível e deixar a cautela competitiva que caracteriza o formato tradicional de duas ondas por bateria para trás.
O objectivo foi plenamente conseguido, com a praia de São Jacinto a proporcionar ondas excelentes para a prática do bodyboard e a dar uma ajuda aos atletas. No final, foram Ricardo Rosmaninho e a brasileira Isabela Sousa os mais bem-sucedidos a cumprir os critérios com Isabela, quatro vezes campeã mundial a explicar o porquê do rico currículo com um “backflip” que lhe valeu uma nota 10 (no máximo de 10) e a cilindrar a concorrência na final, a cargo de Filipa Broeiro (5.07), Teresa Padrela, a campeã nacional, com 5,00 e Madalena Padrela com 4,00.
Na competição masculina, o domínio de Ricardo Rosmaninho não foi tão evidente, mas o suficiente, tendo conseguido na sua primeira onda da final um 8,75 que acabaria por ser lhe assegurar o triunfo frente a Miguel Adão (8,5), Fábio Ferreira (6,75) e Isaías Ravic (5,5). Ricardo Rosmanino, bodyboarder que há vários anos persegue o título nacional, congratulou-se pelo sucesso neste evento especial: “Foi um ano menos bom, apesar de ter começado com uma final na Figueira mas agora foi um bom campeonato e mostrar que para o ano ainda será melhor. Acho que saber que tínhamos período de espera e ter boas ondas ajuda a motivar, e o facto de contar apenas uma onda fez com que arriscasse mais e dei-me bem.”
Por seu turno, Isabela Sousa, autora do único 10 do campeonato, confessou-se “muito feliz”: “Estou muito feliz porque estava algo apreensiva com este formato de uma onda, já que estou habituada a montar a minha estratégia em duas ondas. Felizmente, acabei por me adaptar muito bem e fui soltando-me ao longo da competição e conseguindo melhores notas até ao 10 da final.”
Uma prova que ajudou Isabela a compensar a ausência de competição internacional nos últimos dois anos, admite: “Estive dois anos sem competir e tive o Mundial de Sintra, mas sem grandes competições e fiquei com vontade de mais e este campeonato ajudou-me a aquecer para o regresso aos campeonatos em Fevereiro. Mas o mérito deste momento de forma deve-se a vários factores: o novo wax que tenho vindo a desenvolver e que ajuda a segurar melhor a prancha e a resolução de várias questões emocionais e físicas. Tudo isso ajuda a encontrar um equilíbrio e a render mais.”