Romance de António Canteiro apresentado na Casa da Escrita
A Casa da Escrita da Câmara Municipal de Coimbra vai acolher, no próximo sábado, dia 12 de Fevereiro, pelas 16h00, a apresentação do romance de António Canteiro, pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz. “Nocturno” venceu o Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa, em 2020, e a apresentação vai estar a cargo do escritor António Tavares.
“Nocturno”, um premiado romance de António Canteiro, vai ser apresentado na Casa da Escrita no próximo sábado, pelas 16h00. A apresentação da obra, que venceu o Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa, em 2020, vai estar a cargo do escritor António Tavares.
A sessão vai contar também com um apontamento musical pelo Coro Misto da Universidade de Coimbra e uma leitura de textos por Cândida Ferreira e José Castela, da Bonifrates, Cooperativa de Produções Teatrais e Realizações Culturais.
João Carlos Costa da Cruz nasceu em S. Caetano, em 1964, vivendo actualmente em Febres (Cantanhede). Utilizando o pseudónimo António Canteiro, publicou várias obras nos géneros poesia e romance, alvo de diferentes distinções: Parede de Adobo (CSPSC), romance que recebeu Menção Honrosa do Prémio Carlos de Oliveira, em 2005; Ao Redor dos Muros (Gradiva Publicações), romance que venceu o Prémio Alves Redol, em 2009; Largo da Capella (Gradiva Publicações), romance que obteve a Menção Honrosa do Prémio João Gaspar Simões, em 2011; O Silêncio Solar das Manhãs (Gradiva Publicações), que venceu o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama, em 2013; Logo à Tarde vai Estar Frio (Gradiva Publicações), romance galardoado com Menção Especial do Júri, no Prémio João José Cochofel/Casa da Escrita de Coimbra, e vencedor, em 2015, do Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho; Na Luz das Janelas Pestanejam as Sombras (Ed. LASA) que arrecadou o Prémio de Poesia de Bocage, em 2015; A Luz Vem das Pedras (Gradiva Publicações), romance que venceu, em 2015, o Prémio Alves Redol; Vamos Então Falar de Árvores, romance (Editora Húmus), que venceu ex-aequo o Prémio Bento da Cruz, em 2018; A Casa do Ser (Gradiva Publicações), que venceu o Prémio de Poesia de Bocage, em 2018; Não Fosse o Tumulto de Um Corpo, poesia inédita, vencedor do Prémio Literário António Cabral, em 2019.
Sinopse da obra:
O contexto do romance é o da sub-região da Gândara de Carlos de Oliveira, no tempo da gripe pneumónica (em 1918), uma pandemia muito semelhante à que vivemos hoje. O protagonista, o músico António de Lima Fragoso, sucumbe aos 21 anos à doença da febre amarela. Foi no dia 13 de Outubro daquele ano, o mês fatídico em que mais três irmãos, duas primas e uma tia são vítimas mortais da mesma doença, todos debaixo do mesmo tecto, na sua casa da Pocariça, Cantanhede. António de Lima Fragoso, que foi aluno de Thomás Borba e Luís Freitas Branco, concluiu o exame final de piano no Conservatório Nacional com 20 valores e compôs uma obra musical notável, mas também escreveu Contos e Cartas a Maria, obra literária que dirigia a um sujeito ambíguo no seu ideário sócio afectivo, e que poderia muito bem tratar-se da amiga, pintora, Maria Amélia Carneiro, sua conterrânea da Pocariça, com quem convivia, amiúde, partilhando «artes» durante a permanência de ambos na cidade do Porto, aos fins de semana e durante as férias na aldeia Natal.