Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas regressa este ano
A 22.ª edição do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas chega ao São Luiz esta sexta-feira, dia 13, para nossa sorte e apenas para azar das personagens de Work, o espectáculo de Claudio Stellatto, onde se espetam pregos, se serra, se lixa, se manipula uma betoneira e argila, numa repetição e teimosia ao ponto do delírio. Um mundo absurdo onde o chefe de obras corre o risco de, a qualquer momento, acabar pregado no próprio cenário…
Le Présent C’est L’Accident, de Jean-Pierre Larroche, é uma peça musical e visual, em que um músico esculpe sons, rodeado de teclados electrónicos, mesas de mistura e outras máquinas e, à distância, uma cantora puxa os fios para activar mecanismos sonoros. Um concerto em que se evidenciam felizes acidentes que ocorrem entre os motores mecânicos ou electrónicos e os humanos.
Renaud Herbin traz Quelque Chose S’Attendrit, uma performance de óptica com uma marioneta de fios num mundo virado de pernas para o ar. Um espectáculo apresentado em conjunto com Si le soleil repare, uma instalação de óptica e asteróides, em que projecções de luz em movimento se assemelham a uma colecção de meteoritos, luas ou estrelas.
A italiana Marta Cuscunà está de regresso ao São Luiz e, desta vez, apresenta Earthbound (Aka The Camille Stories), um monólogo para uma actriz e criaturas animatrónicas, que junta teatro de marionetas e técnicas inovadoras de manipulação. Um espectáculo de marionetas de ficção científica que explora um futuro não muito longínquo, no qual a manipulação do genoma humano traz vida de volta às áreas do planeta danificadas pela Humanidade.
Simple Machines, de Ugo Dehaes, descreve-se como uma conferência-espectáculo que questiona a relação entre o homem e a máquina através do movimento, imaginando um futuro sem corpos humanos. O criador belga apresenta também a instalação Arena, em que o público é convidado a interagir com robots e a ajudá-los a tornarem-se melhores bailarinos.
Por último, em Cardiophone, Moran Duvshani possibilita que os espectadores ouçam a melodia dos seus próprios corações, através de um aparelho para fazer electrocardiogramas e de uma caixa de música. Uma performance de entrada livre com lotação limitada a uma pessoa por sessão.