Acessível e inclusivo

Acessível e inclusivo
Fotografia: Tiago Canoso

O Villa Batalha Hotel é um bom exemplo de espaços preparados para receber pessoas com mobilidade reduzida. Desde a sua construção que tudo foi planeado nesse sentido.

 


Começando pelo parque de estacionamento, passando pela recepção, restaurante, jardim, quartos… o Hotel Villa Batalha tem todos os seus espaços adaptados a pessoas com necessidades especiais.
Com uma arquitectura moderna, este hotel possui 93 quartos e suites espaçosos, 8 deles já equipados para receber pessoas com mobilidade reduzida. Os restantes quartos estão preparados para neles poderem ser instaladas barras de apoio amovíveis, o que permite ao visitante escolher o quarto onde quer ficar, que pode facilmente ser adaptado às suas necessidades. Cada vez mais há pessoas com algum tipo de limitação na mobilidade a procurar hotéis para fazer umas férias. De acordo com a direcção do hotel: “de há uns anos a esta parte sido feito um esforço adicional em termos de promoção e divulgação, pois sabemos que esta zona não é um destino em si, ainda, e sabemos que quem viaja não viaja só para ficar num hotel. Portanto, temos que conjugar tudo e fazer um esforço no sentido de sensibilizar parceiros para que as pessoas que vêm possam ter também uma componente de actividades para desenvolver”. Para além de portugueses, o hotel já recebeu clientes com mobilidade reduzida da Polónia, do Brasil, do Reino Unido e, mais recentemente, de Israel.

Mas o turismo acessível vai muito para além de pessoas em cadeira de rodas. O restaurante deste hotel vai passar a disponibilizar ementas em braille. Uma questão que para a direcção do hotel também é considerada acessível são as alergias alimentares, pelo que a ementa assinala os alergénios através de símbolos. Também a área das alergias não alimentares tem grande relevo, nomeadamente na higienização de colchões e no piso dos quartos, que é em madeira flutuante, para não acumular tanto pó e ácaros.

“Na piscina não temos nenhuma solução fixa aplicada, mais uma vez porque queremos trabalhar a óptica não do acessível mas do inclusivo: em vez de termos uma coisa fixa, temos um equipamento que levanta até à beira da piscina e permite à pessoa fazer a transição da cadeira para a piscina”, frisa.

“O hotel foi pensado para vários anos e acreditamos que daqui a alguns esta área seja vista de forma completamente diferente”, refere a direcção em relação ao turismo acessível.