Agenda Cultural Ponte de Lima
Teatro
"JOSÉ, O PAI" de Elmano Sancho
Loup Solitaire
As ficções dramáticas sempre se interessaram pelas famílias infelizes, basta lembrar os Átridas. Talvez porque, parafraseando Tolstoi, as famílias felizes nada têm de particular, ao passo que cada família infeliz é infeliz à sua maneira. “Crise” e “incomunicação” são palavras-chave para acedermos a José, o Pai, o último capítulo (depois de Maria, a Mãe e de Jesus, o Filho) da trilogia A Sagrada Família, projecto de longo curso de Elmano Sancho. “Há sempre uma violência iminente na família”, acredita o dramaturgo, actor e encenador. “Porque é o espaço mais íntimo que temos, e com a intimidade vem o amor, mas também a violência.” José, um actor velho e desempregado, renuncia ao papel de pai, vítima de um mundo que exige novas formas de autoridade. Mas José – para onde convergem as figuras de Deus Pai e do Diabo – não cede o seu lugar. José, o Pai coloca em tensão os arquétipos da cultura patriarcal e as relações entre arte/performance e religião/ritual.
10 Novembro | 21h30
3€ | 70 minutos | M/16 (Org. MPL)
Fado/Cante Alentejano
Buba Espinho
Buba Espinho é um jovem cantor natural de Beja. Desde cedo que vive e sente a música de raiz intensamente, pela mão do pai, também músico, que lhe transmitiu a importante missão de a preservar. A música tradicional portuguesa tem em Buba Espinho um dos seus mais importantes porta-vozes da actualidade. Apesar da sua jovem idade, Buba cruza géneros musicais como ninguém e viaja do Cante ao Fado com a mesma mestria
com que domina a música pop nacional e as sonoridades mais urbanas e actuais. Feche os olhos e deixe-se levar numa viagem encantadora com Buba Espinho.
11 Novembro | 21h30
4€ | 75 minutos | M/6 (Org. MPL)
Coprodução/Dança
“Being a body, having a
body – thematic touch”
Companhia de Dança
ITZ-INTRANZYT Cia.o
“Being a body, having a body – thematic touch”, é o resultado de um trabalho de criação entre a cooperativa Maura Morales e a Intranzyt Cia®, resultante da pesquisa entre a condicionalidade e explorações sensíveis das formas possíveis, entre o corpo
como campo de batalha inescapável da política de poder social e o corpo como lugar de onde irradia o "ponto zero da utopia do corpo", como dissertava M. Foucault. Partindo destas e de outras reflexões de M. Foucault, como por exemplo a pergunta que faz
quando diz “Meu corpo é um assunto impiedoso. E se agora eu tivesse a sorte de viver com ele, somente, como uma sombra?", levou à pesquisa de movimento sobre “os outros corpos”, “o corpo do outro”, “que corpo?” Uma coprodução do Teatro Diogo
Bernardes, Casa das Artes de Famalicão, Teatro Municipal de Vila Real e Teatro Municipal de Ourém.
17 novembro | 15h00 | Sessão exclusiva para Escolas
18 novembro | 21h30 | Sessão público geral
3€ | 65 minutos | M/6 (Org. MPL)
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