“Agricultura Con(s)ciência” é a resposta em tempos de crise

“Agricultura Con(s)ciência” é a resposta em tempos de crise

A ACOS- Associação de Agricultores do Sul promove a “Agricultura Con(s)ciência”, o mote lançado este ano no âmbito da Ovibeja para reflexão e partilha de saber, impõe-se agora mais do que nunca. Além de manter os serviços a funcionar, com o devido resguardo e atenção sanitária, a ACOS tem em preparação um conjunto de acções visando a partilha de conhecimento e a transferência de novas tecnologias para a produção, com recurso a várias ferramentas incluindo as tecnologias de informação e comunicação.

Apesar de dificuldades impostas pelos efeitos da Covid-19, a agricultura não pode parar e a procura de soluções para a nova realidade também não. Os efeitos globais provocados pela Covid impõem novas abordagens. Os agricultores estão a trabalhar mas há produtos que não estão a ser escoados. Os preços ao produtor estão a baixar. A economia das explorações está a ser afectada, sendo necessárias medidas de apoio imediato para evitar a falência das empresas e o aumento do desemprego.

A organização está a trabalhar para dar resposta às necessidades dos seus associados. Os serviços de apoio técnico e a loja dos produtos veterinários estão a funcionar, assim como os laboratórios e os serviços de comercialização de ovinos e de bovinos. Do mesmo modo, estão em funcionamento os serviços de sanidade animal, tosquia e lãs e ainda o SIRCA, serviço de recolha de animais mortos na exploração, considerado de “interesse público”. Estaria, neste momento, no rescaldo da 37ª Ovibeja não fosse a pandemia.

A ciência impõe-se como resposta objectiva e de salvaguarda da qualidade. O reforço do trabalho conjunto, onde se inclui a articulação da produção e escoamento dos produtos, seja de origem animal, seja de origem vegetal, é outro dos indicadores que importa trabalhar. Por outro lado, com perturbações a curto ou médio prazo nos canais de comercialização, ganham maior expressão os circuitos de proximidade. O fator confiança aliado à qualidade, a preservação do ambiente, o desenvolvimento dos territórios rurais, a garantia da produção mínima que salvaguarde a soberania alimentar, a coesão territorial são alguns dos tópicos da nova realidade, que importa debater com seriedade.