Águeda reabilita margens dos Rios Águeda e Alfusqueiro
A Câmara Municipal de Águeda deu início, na semana passada, ao processo de florestação ao longo dos Rios Águeda e Alfusqueiro, desde a presa da Carvalha (Redonda) e moinhos da vermelha (Rio Covo), a montante, ao açude de Requeixo (Rio Águeda), a jusante, numa extensão de 25 quilómetros. Acção decorre no âmbito do programa LIFE Águeda – Ações de Conservação e Gestão para Peixes Migradores da Bacia Hidrográfica do Vouga, um projecto do Município de Águeda que promove a implementação de um conjunto de medidas com vista à reabilitação das zonas ribeirinhas, nomeadamente com a renaturalização dos habitats ribeirinhos e o controlo da presença de espécies exóticas invasoras, sobretudo na área da sub-bacia hidrográfica do rio Águeda.
“A reabilitação das zonas ribeirinhas tem estado na agenda estratégica de actuação da Câmara de Águeda, numa política de sustentabilidade ambiental que visa a melhoria constante, regular e sistémica das linhas de água do Concelho, assente na implementação de técnicas de engenharia de base natural”, disse Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda, sublinhando que estas boas práticas têm sido replicadas em todo o concelho e são modelo para outras regiões do país.
A intervenção, que implica um investimento de 150 mil euros, vai prolongar-se durante o Inverno, previsivelmente até Fevereiro do próximo ano, num processo que envolve algumas fases: plantação de espécies autóctones, adensamento da vegetação ripícola, remoção de espécies de plantas invasoras, corte fitossanitário de árvores e arbustos, podas de formação, recolha de resíduos verdes e urbanos, e melhoria das zonas ribeirinhas são aspectos a realizar.
Neste processo de florestação vão ser plantadas cerca de 15 mil árvores e arbustos (todos espécies autóctones, como amieiros, freixos, loureiros, aveleiras, pilriteiros, sabugueiros e carvalhos, entre outros), para além de que vão ser colocadas cerca de 60 mil estacas para adensamento da vegetação. O objectivo é dar maior estabilidade às margens, prevenir a erosão, mitigar os efeitos de cheias e eventos catastróficos, purificar a água, proporcionar um habitat sustentável para a fauna associada a estas zonas e melhorar, de uma forma global, o estado de conservação ecológico do rio.